"Os que nascem de noite
e, entre osso, vigiam
o fogo
os que olham os astros
e, oprimidos, respiram
em cavernas
e, entre osso, vigiam
o fogo
os que olham os astros
e, oprimidos, respiram
em cavernas
os que vão viver apesar
da escuridão e nos olhos
a luz clandestina
acendem
da escuridão e nos olhos
a luz clandestina
acendem
os que não sonham, os que nascem
de noite
não vieram brincar: seu peito
guarda uma só palavra"
de noite
não vieram brincar: seu peito
guarda uma só palavra"
Poesia Brasileira do Século XX: dos modernistas à actualidade.
Carlito Azevedo/ Augusto Massi/ Manoel de Barros/ PauloLeminski/ Hilda Hilst/ Ferreira Gullar/ Haroldo de Campos/ Drummond de Andrade/ João Cabral de Melo Neto