«O lavrador era um homem de neuras, vário como um catavento, intempestivamente generoso e intempestivamente agreste, e vestia quase sempre um capote, mais leve ou pesado consoante lho permitiam as estações, que por certo se tornava indispensável para lhe dar majestade. Fazia um jeito ao corpo, em ar de dança, e as abas do capote acompanhavam a ondulação dos movimentos, fazendo sobressair o que, nesses gestos, havia de orgulho e desdém.»
Fernando Namora. O Trigo e o Joio, Círculo de Leitores., p. 51