domingo, 4 de setembro de 2011

KARIN
Eu também gosto de ti, Petra, gosto muito, mas tens de me dar tempo. Por favor.

PETRA
Dou-te tempo, Karin. Tempo é o que não nos falta. Temos imenso tempo. Tempo para nos conhecer uma à outra. Havemos de amar-nos, Marlène, traz mais uma garrafa de champanhe. (Marlène sai.) Ainda nunca, nunca, senti amor por uma mulher. Sou louca, Karin, louca! Mas é belo ser louco. É loucamente belo ser louco.



Rainer Werner Fassbinder. As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant. Trad. Y.K.Centeno. Edições Cotovia, Lisboa, 1ª ed, 1990., p. 42

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