«E partia sob o ardor do Sol, debaixo de chuva ou no meio de um temporal; bebia água das nascentes com a concha da mão; comia, a galope, maçãs bravas, e se estava cansado descansava debaixo de um carvalho. Regressava a casa a meio da noite, coberto de sangue e de lodo, com espinhos no cabelo e fedendo a animais selvagens. Tornou-se igual a eles. Quando a mãe o beijava, aceitava friamente o seu abraço, parecendo meditar em coisas profundas.»
Gustave Flaubert. A Lenda de São Julião Hospitaleiro. Tradução de Maria Emanuel Côrte-Real e Júlio Machado. 1ª edição. Edições Quasi, 2008., p. 65
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