domingo, 14 de agosto de 2011

«A luz dos candeeiros das ruas desertas brilhava mortiça na escuridão nevada, como a das tochas num funeral. A neve esgueirava-se para dentro do meu sobretudo, do meu casaco, para baixo da minha gravata e derretia-se. Não me agasalhei. De qualquer forma, estava tudo perdido.»


 
Fiódor Dostoiévski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 77

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