terça-feira, 12 de julho de 2011

muita gente que não só me não deve nada como me não conhece

«(...), pessoas com quem trocava apenas cumprimentos da mais extremada cerimónia das vezes que se encontrava com elas.
    - Ora, ora! Que honra ser das relações do Tavarede, o Tavarede porventura milionário, ora e sempre árbitro das petulâncias! - opôs Teodósio.
    - Vi a acompanhar o féretro muita gente que não só me não deve nada como me não conhece - retorquiu Ricardo com secura.»




Aquilino Ribeiro. O Arcanjo Negro. Livraria Bertrand, 1960., p.175

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