Eu não serei eu, morte,
até que te unas com a minha vida
e assim me completes todo;
até que a minha metade de luz se feche
com minha metade de sombra
- e eu seja equilíbrio eterno
no espírito do mundo:
umas vezes, meu meio eu, radiante;
outras, meu outro meio eu, no esquecimento.-
Eu não serei eu, morte,
até que tu, em teu labor, vistas
de ossos pálidos minha alma.
Juan Ramón Jimenez in Antologia Poética. Selecção e Trad. de José Bento. Relógio D'Água, 1992, p. 122
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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