“a falta de outros, de outros iguais a mim, de outros que venham ter comigo e eu com eles.”
Almada Negreiros
コカインの時間を介しての旅です
© Alípio Padilha
Escrito e encenado por Carla Bolito, "Vermelho é a cor do meu luto" tem estreia marcada para dia 25 de outubro 2023, no Sistema SMOP, em Lisboa
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 12
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 11
"Acho que a missão da mulher é assombrar, espantar. Se a mulher não espanta... De resto, não é só a mulher, todos os seres humanos têm que deslumbrar os seus semelhantes para serem um acontecimento. Temos que ser um acontecimento uns para os outros. Então a pessoa tem que fazer o possível para deslumbrar o seu semelhante, para que a vida seja um motivo de deslumbramento. Se chama a isso sedução, cumpri aquilo que me era forçoso fazer." .
— NATÁLIA CORREIA (Fajã de Baixo, São Miguel, 13 de Setembro de 1923 — Lisboa, 16 de Março de 1993), poetisa, dramaturga, romancista, ensaísta, cronista, tradutora, editora, conferencista e deputada, em entrevista de 1983. .
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.Relógio D'Água., p. 58
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.Relógio D'Água., p. 49
DEATH IN JUNE
"Symbols and Clouds"
2x 12'' Gatefold Red LP 2009, NER.
Side 1:
Death Is The Martyr Of Beauty
He's Disabled
The Mourner's Bench
Because Of Him
Little Black Angel
Side 2:
The Golden Wedding Of Sorrow
The Giddy Edge Of Light
Ku Ku Ku
Hollows Of Devotion
But, What Ends When The Symbols Shatter?
Cathedral Of Tears
Side 3:
Lord Winter
God's Golden Sperm
Omen-Filled Season
Symbols Of The Sun
Luther's Army
Side 4:
13 Years Of Carrion
The Accidental Protégé
Rose Clouds Of Holocaust
Leopard Flowers
All songs originally recorded between 1992 - 1995 and taken from the albums "But, What Ends When The Symbols Shatter?" & "Rose Clouds Of Holocaust".
Quando se ateia em nós um fogo preso,
O corpo a corpo em que ele vai girando
Faz o meu corpo arder no teu aceso
E nos calcina e assim nos vai matando
Essa luz repentina
Até perder alento
E então é quando
A sombra se ilumina,
E é tudo esquecimento,
Tão violento e brando.
Sacode a luz o nosso ser surpreso
E devastados nós vamos a seu mando,
Nessa prisão o mundo perde o peso
E em fogo preso à noite as chamas vão pairando
E vão-se libertando
Fogo e contemplamento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento
Que não sabemos quando
São fogo, ou água, ou vento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento,
Que perdem o comando
Do próprio esquecimento.
«Se lhe era permitido passar as manhãs no seu quarto a ler, a escrever ou a traduzir do grego, a meio da tarde tinha de se transformar na jovem bem-educada a participar nos rituais sociais, usar um vestido de cerimónia e conversar durante o chá de acordo com a tradição vitoriana.»
in Prefácio
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.
Relógio D'Água., p. 10
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.''Uma imagem-que-foi transformada agora numa imagem-ainda-a-ser, ou numa “arte ainda por vir” atingida já pela fúria do impacto da sua aparição.''
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.
''a arte pode ter como origem a sua própria destruição, a imagem pode reinventar-se a si mesma e reproduzir-se como imagem tendo por base a destruição da própria imagem.''
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.
PALAVRAS CARAS
Em minha casa, detestávamos pessoas bem -
-falantes, palavras caras. De uma vez, apareceu a
prima Maria Lucília a dizer já não sei porquê:
- Fiquei muito confrangida.
Passámos a chamar-lhe « a confrangida».
Sempre que aparecia alguém na televisão a
declamar poesia ou a falar de poesia, desligáva-
mos a televisão.
Adília Lopes. Manhã. Assírio&Alvim. Porto Editora, 2015., p. 56
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 95
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 27
« Aguentei, por civismo, até ao terceiro dia, depois, informei-os de que não estava para aturar aquilo e fui para Chancery Lane.»
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 20Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 13
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei.
Agora estão-me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
(Atribuído a Bertolt Brecht)
Caetano José da Silva Souto-Maior
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 231
Frei António das Chagas
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 209
Frei António das Chagas
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 203
Afonso Álvares
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 167« Em dada altura, pareceu-me eminentemente oportuno lançar no charco do despotismo salazarista a pedrada de um estudo dedicado ao erotismo e sátira fescenina, ilustrando antologicamente. O resultado foi uma cómica condenação que, do alto do Plenário, pretendia avassalar-me, mas que proporcionou jocosa oportunidade de dar razão a Nietzsche, quando ele compara os juízes com camelos.»
Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.