domingo, 15 de março de 2020

''frases chanhestras''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 38

«Uma coisa é certa: todos os estudos que apontam para o cenário catastrófico de um mundo superlotado parecem esquecer um facto a meu ver importante: boa parte das pessoas que estão vivas são idiotas. E essa idiotia acaba por lhes reduzir bastante a esperança de vida.»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 35

instrumentos monetários fracos

a rapidez da digitalização

Quarto com vista
                                                                  para o fim do mundo



Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 35

''burocratas de Bruxelas''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 33

ba.da.nal

«Queres fiado? Toma!»

so.rum.bá.ti.co

insocial

cabotino

ca.bo.ti.no
Translineação
kɐbuˈtinu
nome masculino
1.
ator ou comediante itinerante
2.
depreciativo ator ou comediante sem qualidade
adjetivo, nome masculino
figurado, depreciativo que ou indivíduo que procura atrair atenções alardeando as qualidades que, suposta ou realmente, possui; vaidoso, presunçoso


um não-acontecimento

«Na verdade, porém, o 25 de Abril parece agradar a cada vez menos gente. Há autores para quem o salazarismo não foi um fascismo, e outros para quem o 25 de Abril não foi exactamente uma revolução. O que faz com que, aparentemente, na frase «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais», não haja nada que se aproveite. Nem o 25 de Abril foi 25 de Abril, nem o fascismo foi fascismo.»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 24
« O escritor Mário de Carvalho costuma advertir para a necessidade de distinguir o povo do populacho, porque o primeiro é um conceito nobre e até mítico, e o segundo é uma massa infame. »

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 23

miudagem

''bate-bocas da escola''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 22
«Milhares de pessoas embrenhadas no seu consumismo acéfalo dificultam-me a tarefa de consumir acefalamente, que é tão retemperadora da alma, o que raras vezes se admite.»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 20

''consumismo acéfalo''


Ricardo Araújo Pereira.
Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 20

sábado, 14 de março de 2020

Robert Doisneau. Los hermanos, París, 1936


«Quero ver a que sabe o teu descuido
De não pores em meus olhos tuas mãos»

The life of pioneering singer Chavela Vargas, from her birth in Costa Rica in 1919 to her death in Mexico in 2012.
«Porque quem nunca amou, nunca viveu''

The life of pioneering singer Chavela Vargas, from her birth in Costa Rica in 1919 to her death in Mexico in 2012.

«Me mata uma dor,
me mata um querer,»

The life of pioneering singer Chavela Vargas, from her birth in Costa Rica in 1919 to her death in Mexico in 2012.

alma ferida


The life of pioneering singer Chavela Vargas, from her birth in Costa Rica in 1919 to her death in Mexico in 2012.
''E sempre muito desgarrada, muito sofredora. Como se já tivesse nascido com as feridas da vida e da morte.''

The life of pioneering singer Chavela Vargas, from her birth in Costa Rica in 1919 to her death in Mexico in 2012.

''E despertei chorando de alegria''

mãos em jarra

''Solidão...
Os arroios estão secos
Nas ruas há mil ecos
Que te gritam sem cessar

Solidão
Volta já
Volta já 
Minha solidão''

Chavela Vargas

segunda-feira, 9 de março de 2020

A Nau de Ícaro

“excesso de realidade”


as interdependências

“Dorita vive em escultura como outros vivem em religião: num acto de entrega absoluta em si mesma.” 
David Mourão Ferreira, 1987
''(…)um Santo António gordo e bonachão, um santo bem português e humano, um santo feito para a reza.''

Jorge Amado, Crítica sobre a escultora Dorita de Castel’Branco
''Levar-te à boca,''

Eugénio de Andrade

''Sem pensamento não há erotismo. ''

''Não há arte sem erotismo.''

domingo, 1 de março de 2020

''A tempestade envelhecia o dia.''

Inimigo Rumor. Fabrício Carpinejar. Livros Cotovia., p. 71

ca.va.nha.que

Knocking On Heaven's Door

Mama, take this badge off of me
I can't use it anymore
It's getting dark, too dark to see
I'm feelin' like I'm knocking on Heaven's door

Knock, knock, knocking on Heaven's door
Knock, knock, knocking on Heaven's door
Knock, knock, knocking on Heaven's door

Knock, knock, knocking on Heaven's door

Mama, put my guns in the ground
I can't shoot them any more
That long black cloud is coming down
I'm feelin' like I'm knocking on Heaven's door


ASSOBIO DA ÂNCORA

«O rio baixava os olhos de vergonha: não sabia ler o alfabeto das aves. As es-
trelas nos fitavam com afinco, como se não houvesse outros olhos além dos meus.
Os vaga-lumes não acenderam o guizo. Os bois enviesaram as narinas. O nevoeiro
aquecia o mundo. O bosque dos seios, sem saída. A cintura quebrada, a porta, comigo
dentro. Não controlamos a fúria, baixando o escudo dos dentes. A espuma cobiça os 
teus cabelos, as tranças continuam crescendo. A água é mais veloz no corpo da mulher.
Os insectos de grave som corriam no varal dos ouvidos. Os pés sorrateiros, incansáveis,
cavavam o tambor. Arrisquei tudo o que eu não era. O limo folheava os contornos da 
nuca. Do quadril ao pescoço, avançavas o fio elástico da foice. As unhas afundavam
a pele ao rumor do osso. Eu cheirava ervas, musgo, urina do mato. Não havia 
consciência a sangrar naquele momento. Pálido, pão dormido. O relógio ficou cego 
às 23:30.»

Inimigo Rumor. Fabrício Carpinejar. Livros Cotovia., p. 71

“neve de sangue”

''faixas de vermelho e cor-de-rosa a cortar as bordas dos glaciares a acumular-se nas planícies geladas''
''A neve é, na verdade, um tipo de alga pigmentada de vermelho chamada Chlamydomonas Chlamydomonas nivalis, que se esconde em campos de neve e montanhas em todo o mundo. As algas prosperam na água gelada e passam os invernos adormecidos na neve e no gelo. Quando o verão chega e a neve derrete, as algas florescem, espalhando esporos vermelhos e parecidos com flores.''





''Limpeza das Campas''



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