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domingo, 13 de dezembro de 2015

Peguei na caneta e pus-me a escrever para me acalmar, para criar.



« A minha cabeça estava cheia desta visão da ressurreição, uma ligeira febre, muito doce, inchava-me as pálpebras e o sangue batia-me violentamente nas têmporas. E como acontece quando sopra um vento forte e as nuvens se dispersam, se reagrupam, mudam de forma, se transformam em homens, animais e navios, também em mim, inclinado como estava diante do fogo, com todo o meu espírito soprando, sentia que a visão se desmembrava, se transformava e fazia surgir rostos de homens vestidos de paixão e de vento. E, dentro em pouco, esses rostos ir-se-iam tornar mais ténues, rarefazendo-se como o fumo na minha cabeça a não ser que viessem, tímidas e incertas a princípio, depois mais impetuosas e seguras, as palavras consolidando o que não conseguia consolidar-se. Compreendera. O vento fecundante que soprara no meu coração trouxera o seu fruto, um embrião se formara e agora esforçava-se para surgir à luz. Peguei na caneta e pus-me a escrever para me acalmar, para criar.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 228

«Voltei a ouvir de novo o meu coração a chorar.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 227

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

«Nenhuma tristeza me pesava na alma.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 226

«O Lutador ferido não me saía do corpo.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 224

«As raposas têm um buraco para dormir e eu não tenho sítio onde descansar a minha cabeça.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 224

«As antigas feridas da minha adolescência, »


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 223

«Folheio o diário de viagem amarelecido. Nada está morto, tudo dormia em mim.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 222

«Não quero fazer do meu espírito juiz porque não tenho confiança nele e no meu coração também não tenho bastante confiança.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 221/2

domingo, 29 de novembro de 2015

«O meu coração jamais se abriu para que Deus entrasse;»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 215

«Duas lágrimas rolaram dos seus olhos vazios;»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 212

«No cume da fome, da sede e da dor encontra-se Deus.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 211

«Muitos desses ascetas selvagens tornaram-se loucos. Acreditam que lhes foram dadas asas e tentam voar sobre o abismo. Em baixo, a margem está coberta de ossadas.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 209

«-Tem paciência, não estejas triste. É necessário que a nossa alma resista bem e não sucumba porque se algumas almas soçobrarem no mundo, o mundo desmoronar-se-á. São essas almas que o sustêm. É pouco mas é bastante.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 204

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

«Nada disse. Nada disse, por cobardia.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 201

sábado, 17 de outubro de 2015


«Todas as coisas são um centauro. Se assim não fosse o mundo apodreceria, estéril e inerte.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 278
«O espírito é uma ave carnívora que jamais cessa de ter fome, que devora a carne e a faz desaparecer, assimilando-a.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 277

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

''justificas-te choramingando''

« - Cheguei ao fim e no fim de cada caminho encontrei sempre o abismo.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 261

''haustos primaveris''

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