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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

(...)
«o sonho vem do futuro
e voa para o passado
donde volta como névoa
donde volta reforçado»



Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 27

«o perfeito querer é não querer.»


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 14

«ali se nada acontece
tudo pode acontecer.»


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12

(...)

«e o Deus que tanto procuro
em que atingido me afundo
é aquele ser-não-ser
do que acontece no mundo



Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12


Antes teor que teorema
vê lá se além de poeta
és tu poema.


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 10

A quem faz pão ou poema
só se muda o jeito à mão
e não ao tema.

Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 9

Para que tenhais o gosto
de ficardes vós confusos
como eu às vezes estou
vos chega um livro composto
de poemas abstrusos
da névoa que também sou.




Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989

domingo, 25 de setembro de 2016

"Hoje, quando alguém diz que ama alguma coisa ou alguém, realmente está como que a ver-se ao espelho, está a amar, ou a pensar amar, alguma coisa que é semelhante a ele. (…) Amar o diferente, vendo-o como um aspecto do Uno, é que é realmente a mais alta expressão de amor"
~ Agostinho da Silva

segunda-feira, 27 de junho de 2016



"Temos santos entre nós e não os conhecemos porque nos atrapalha o participarem eles tão intimamente da nossa vida e, sobretudo, o tão frequentemente nos utilizarmos nós deles para a nossa vida, mas, se assim não fosse, já teríamos nós dado há muito tempo a mulheres e crianças o lugar que verdadeiramente merecem; e já teríamos entendido por que motivo tão facilmente Jesus se comovia ante a sua fragilidade e a sua miséria"


Agostinho da Silva, “Alicerces da Paz”, As Aproximações [1960], in Textos e Ensaios Filosóficos II, p. 42.

domingo, 19 de junho de 2016



"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado por sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; […]

Hei-de vê-lo depois despido de egoísmos, atento somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo de aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; […]


Será grato aos contrários, mesmo aos que vêm armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos, se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também"

Agostinho da Silva, “Quanto aos noviços”, Considerações [1944], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp. 119-120.

sábado, 14 de maio de 2016

"Mal vai, quando em todo o lugar surgem certezas; é o noivado com a morte."

Agostinho da Silva, Considerações

domingo, 24 de abril de 2016



"Cada um só vê do universo aquilo que a sua sensibilidade ou a sua maneira de ser lhe permite. O universo pode ser muito mais vasto e muito mais diferente do que aquilo que é apenas o nosso mundo."

Agostinho da Silva, entrevista

domingo, 3 de abril de 2016



“O mais provável é que na vida nada tenha mais importância a não ser a Vida, com a sua Morte inclusa, claro está (...)”.


Agostinho da Silva, Portugal ou Cinco Idades, 1982

sexta-feira, 25 de março de 2016

“Gente triste nem é cristão nem é escuteiro nem é coisa nenhuma. Gente triste anda no mundo pensando em entristecer os outros. Quaisquer que sejam as nossas dificuldades, os nossos problemas e as nossas agruras, a nossa obrigação é tratar disso de noite, enquanto dormimos e enquanto os outros dormem, e todas as manhãs aparecer tendo lançado fora todos os problemas que nos podem afligir, para chegarmos aos outros e lhes dar a maior esmola e o maior amparo que efectivamente podemos dar, que é o amparo da nossa própria alegria e do nosso entusiasmo ao ver aquele dia que rompe.”


Agostinho da Silva, Baden-Powell, Pedagogia e Personalidade, 1961

quarta-feira, 23 de março de 2016

"Deve-se estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efectivamente a verdade. Fujo da verdade como tudo, porque acho que quem tem a verdade num bolso tem sempre uma inquisição do outro lado pronta para atacar alguém; então livro-me de toda a espécie de poder - isso sobretudo."


Agostinho da Silva, Entrevista

domingo, 20 de março de 2016

"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos."

Agostinho da Silva, Diário de Alcestes

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"Ser companheiro vale mais do que ser chefe. É preciso que os homens à sua volta nunca tenham nenhuma angústia, não sofram nunca por o sentirem a você superior a eles; a sua superioridade, se existir, deve ser um bálsamo nas feridas, deve consolá-los, aliviar-lhes as dores. A sua grandeza, querido Amigo, deve servir para os tornar grandes, no que lhes é possível, não para os humilhar, para os lançar no desespero, no rancor, na inveja."

Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

"Morre menos gente de cancro ou de coração do que de não saber para que vive; e a velhice, no sentido de caducidade, de que tantos se vão, tem por origem exactamente isto: o cansaço de se não saber para que se está a viver."
Agostinho da Silva, As Aproximações

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Agostinho da Silva: "O português não gosta de trabalhar. Se há uma tecnologia que trabalhe por ele, ela que avance. Ele tem coisas mais interessantes para fazer como poeta, do que a trabalhar."

domingo, 14 de fevereiro de 2016

"A dor só é realmente fecunda quando a amamos, quando a vemos como indispensável à escultura que se está fazendo na nossa alma. (…) E há-de haver ainda a gratidão pelos destinos que a concederam a nós e o amor pelos golpes que nos desfere; o que inclui, naturalmente, a compreensão, e o amor também, daqueles de que o destino se serve para despedir as grandes marteladas que vão forjando o metal"

Agostinho da Silva, Sete Cartas a Um Jovem Filósofo, pág. 74
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