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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
«Nenhum clarão apareceu para apaziguar uma consciência perturbada. Nenhuma mão veio poisar no meu ombro. Torno a partir mudada. A descoberta das raízes é uma prova difícil. Como teria podido suspeitar a sua gravidade? Já não sou uma criança maravilhada com a vida. Tenho a certeza que o meu homem partiu. Ele tinha-me prevenido. Eu não acreditava. Encorajara-me a fazer aquela peregrinação. Devia saber que esse choque ia fazer-me reflectir melhor do que todos os discursos que ele me fazia. Descobri o fracasso, e as minhas lágrimas não servem de nada.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 261
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
«É a sua loucura que me reaproximou mais dele. A sua loucura e a sua dor.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 253
«Amar é conhecer tudo do outro e aceitá-lo, ou, pelo contrário, ter a ilusão de saber tudo do outro e querer mudá-lo?, Ele pretende que não o amo porque não o compreendo. Faço tudo para o contrariar, isso impede-o de dormir profundamente. Contrariando-o, sacudo os seus anos de solidão e egoísmo. Infelizmente, reage mal. Enerva-se, pragueja, grita, diz palavras grosseiras, toma calmantes de noite, escreve cartas de ruptura, queixa-se e geme permanentemente.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 241
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 241
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Há a morte.
«Há a morte. Mas ela não se demora nunca nestes lugares. Rapta ora uma criança, ora um velho. Os outros, deixa-os em paz, sem mesmo lhes fazer um sinal, sem lhes murmurar uma pequena música rangida. Levanta-se o corpo, lava-se e embrulha-se num lençol branco, depois coloca-se na própria terra rezando. Tudo se passa muito depressa. Apaga-se aquela passagem funesta e continua-se como se a vida estivesse cheia de surpresas.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 231
«Foi assim que aprendi a brincar com as serpentes e os escorpiões. É muito difícil. É preciso fazer gestos precisos sem ter medo. O prazer consiste em impedir o escorpião de picar, ao desarmá-lo. Uma vez que esteja cansado, põe-se numa tigela com água e assiste-se ao seu afogamento.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 220
«só este vento violento e furioso é capaz de me dar asas.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 217
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«A minha mãe é demasiado infeliz para me ouvir.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 215
«Detesto estas festas de fim de ano em que toda a gente se sente obrigada a ser feliz.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 214
«Os que escrevem de noite, não suportam que alguém durma junto deles. Soube isso mais tarde. Ele tinha medo da noite. Ficava acordado mesmo que não escrevesse. Dizia: «Será ela ou eu!». Por vezes, era ela que ganhava. O sono vencia-o contra sua vontade. Quantas vezes adormeceu sentado, com a cabeça sobre a mesa de trabalho, a mão sobre o caderno onde escrevia.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 212
domingo, 7 de dezembro de 2014
«faz-se pão, não para fazer viver, mas para matar.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 173
«-Baixa os olhos quando falas comigo.
Quando o meu pai me ordena que baixe os olhos, não posso resistir ou fazer outra coisa. Os meus olhos baixam-se por si. Não o posso explicar. Sei apenas que é unicamente a expressão de um pacto entre nós dois. O amor, é em primeiro lugar, o respeito que se exprime por esses gestos. Não é preciso ir procurar muito longe.»
Tahar Ben Jelloun. De olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 146
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