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quarta-feira, 20 de maio de 2015
terça-feira, 19 de maio de 2015
''Cela de morte 2455''
Lars Norén. A noite é Mãe do Dia. Teatro. Tradução de Luiza Neto Jorge e Solveig Nordlund. Cotovia, Lisboa., p. 66
MARTIN (pega nos cigarros e volta para a gaiola. David encosta a cara ao vidro, como se reflectisse na expressão de Martin. Depois sai da cozinha. Martin deixa-se ficar, sempre com aquela expressão de ser ferido e desesperado)
Lars Norén. A noite é Mãe do Dia. Teatro. Tradução de Luiza Neto Jorge e Solveig Nordlund. Cotovia, Lisboa., p. 60
«DAVID Lá iremos fazer-te uma visitinha ao manicómio como é costume.
MARTIN (suspira) Que mal fiz eu a Deus?...
DAVID Já te vou dizer...Queres mesmo saber? Sabes como as criadas que servem à mesa te chamam? O vale das lamentações, O cais das brumas, E tudo o vento levou, Até à eternidade, Sede.
MARTIN Ah, sim?
DAVID Não é verdade, mãe?
MARTIN Não queres ir comprar-me um maço de cigarros?
DAVID O que é que me dás?
MARTIN Dou-te uma valente bofetada se não mudas de tom para falar comigo.»
Lars Norén. A noite é Mãe do Dia. Teatro. Tradução de Luiza Neto Jorge e Solveig Nordlund. Cotovia, Lisboa., p. 47
JORGE É sobre dois homens, dois homossexuais judeus, nos Estados Unidos, que mataram um miúdo, e o esconderam num cano de esgoto, depois de tentarem lavar-lhe o sexo com ácido sulfúrico.
Lars Norén. A noite é Mãe do Dia. Teatro. Tradução de Luiza Neto Jorge e Solveig Nordlund. Cotovia, Lisboa., p. 33
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