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terça-feira, 4 de março de 2025

EU AMEI-TE...

 Eu amei-te; mesmo agora devo confessar.
Algumas horas desse amor estão ainda a arder;
Mas não deixes que isso te faça sofrer,
Não quero que nada te possa inquietar.
O meu amor por ti era um amor desesperado,
Tímido, por vezes, e ciumento por fim.
Tão terna, tão sinceramente te amei,
Que peço a Deus que outro te ame assim.


Aleksandr Púshkin. QUAL É A MINHA OU A TUA LÍNGUA? Cem poemas de amor de outras línguas. Organização de Jorge Sousa Braga. Edição Assírio& Alvim


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Na estepe do mundo, triste e infinita,
Brotaram em mistério três nascentes:
A da juventude, célere e rebelde,
Ferve, corre, mareja e cintila.
A de Castália, fonte de inspiração,
Mata a sede ao desterrado na estepe.
A última - a fria, do olvido - mata
Ânsias do coração, mais doce e estreme.

[1827]

Aleksandr Púchkin in O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas. Selecção, Trad. Nina Guerra e Filipe Guerra. Assírio & Alvim. Lisboa, 1999
Jaz nos outeiros da Geórgia o véu da noite;
Ante mim o ruidoso Aragva.
Estou triste e leve; desta mágoa é clara a fonte;
Cheia de ti é minha mágoa.
De ti, só de ti...Não me tortura o quebranto,
Nada inquieta este pesar,
Meu coração outra vez arde e ama tanto
Porque não sabe não amar.

[1829]
Aleksandr Púchkin in O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas. Selecção, Trad. Nina Guerra e Filipe Guerra. Assírio & Alvim. Lisboa, 1999
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