Às vezes tudo é triste, mesmo o que não é.
Fingir-se estar com gente em frente à gente que não nos vê
e assobiar a solidão para o lado,
para aquela mesa além.
E quando a solidão se vai mais solidão se tem.
É fruste crer-se grande e ter de grande
um pouco, um tanto, um pouco mais,
levar com a raiva dos pequenos
e compartir com os magros a magreza do mundo.
Ao pé do rio tudo é mais tristonho.
É tudo entediante por princípio.
O fátuo mundo passa como se soubesse aonde vai
e todo o mundo crê caber algures
e ir aonde caiba e lhe cabe.
Fria é sempre a sopa dos pobres.
Sofrer por passatempo a vida de outros
e querer poupar-se as costas
onde se escreve ao escravo a pena de chicote
aquilo que não se lê mas se sente
e assim passar por outro
o que afinal de si não passa
o centro de onde há o tudo o que não há
e assumir que tudo é senhor da sua alma.
Que ilusão aliviar o jugo alheio
o próprio corpo levado às próprias costas!
Fingir-se estar com gente em frente à gente que não nos vê
e assobiar a solidão para o lado,
para aquela mesa além.
E quando a solidão se vai mais solidão se tem.
É fruste crer-se grande e ter de grande
um pouco, um tanto, um pouco mais,
levar com a raiva dos pequenos
e compartir com os magros a magreza do mundo.
Ao pé do rio tudo é mais tristonho.
É tudo entediante por princípio.
O fátuo mundo passa como se soubesse aonde vai
e todo o mundo crê caber algures
e ir aonde caiba e lhe cabe.
Fria é sempre a sopa dos pobres.
Sofrer por passatempo a vida de outros
e querer poupar-se as costas
onde se escreve ao escravo a pena de chicote
aquilo que não se lê mas se sente
e assim passar por outro
o que afinal de si não passa
o centro de onde há o tudo o que não há
e assumir que tudo é senhor da sua alma.
Que ilusão aliviar o jugo alheio
o próprio corpo levado às próprias costas!
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