(...) – eu tocava-a e não era minha. (...) Mas agora ela estava diante de mim e eu tinha repugnância de a tocar porque era um pedaço de carne morta e eu não estava lá. Havia um mistério inquietante de um bocado do meu corpo não ser o meu corpo e eu ser eu no corpo que ainda tinha e não o ser já no pedaço que já o não era. A perna, o pé, os dedos tinham sido eu quando andava e os movia.
Vergílio Ferreira, in Em Nome da Terra
sábado, 26 de dezembro de 2015
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