"Não defendo este partido, nem o outro; se ambos diferem à superfície e podem arrastar opiniões, aprofundemos nós um pouco mais e olhemos o substrato sobre que repousa a variedade; o mundo das formas levanta oposições que se desfazem à luz do entendimento; […]
Que vejo de comum ? O rebanho dos homens, ignorantes e lentos no pensar, que se deixam arrastar pelas palavras e com elas se embriagam; nos mais altos, a fuga das responsabilidades claramente assumidas, a recusa ao sacrifício de tudo ante a ideia, a disposição para manejarem a bondade e o heroísmo dos outros, o imoderado apetite do poder, o ódio cego ao adversário que procuram vencer por qualquer meio; a alimentar o fogo da acção as mesmas confusas noções, as mesmas frases de catecismo branco ou vermelho, os mesmos ritos, as mesmas superstições"
Que vejo de comum ? O rebanho dos homens, ignorantes e lentos no pensar, que se deixam arrastar pelas palavras e com elas se embriagam; nos mais altos, a fuga das responsabilidades claramente assumidas, a recusa ao sacrifício de tudo ante a ideia, a disposição para manejarem a bondade e o heroísmo dos outros, o imoderado apetite do poder, o ódio cego ao adversário que procuram vencer por qualquer meio; a alimentar o fogo da acção as mesmas confusas noções, as mesmas frases de catecismo branco ou vermelho, os mesmos ritos, as mesmas superstições"
Agostinho da Silva, “O Terceiro Caminho”, Diário de Alcestes [1945], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp. 216-217.
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