«(...) mas por que gostas tu de mim, também tu, se tudo isto, para ti, são defeitos?
AFONSO - Não me faças perder a cabeça! Tu é que transformas em defeitos essas vantagens.
MARIA HELENA - Claro! ainda não ofereci o seu exclusivo monopólio ao indigitado meu dono.
AFONSO - Entende-me por uma vez, Maria Helena: o que não posso compreender, nem suportar, é que te comprazas em tomar as aparências duma rapariga leviana...»
José Régio. Obra Completa. Teatro I. Sou um homem moral. Edição Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005., p. 214