quarta-feira, 26 de novembro de 2014

«A minha mãe era a metade da pedra polida que representava o meu pai. Com um pedaço de giz, traçara uma linha a meio da pedra e sabia que esses dois seres eram inseparáveis «na vida até à morte». O meu irmão era uma pequena pedra frágil que se esboroava mal se lhe tocava. Era a minha pedra preferida. Quanto à minha tia, não era uma pedra, mas um escorpião morto que eu apanhei e instalei no fundo da minha gruta.»


Tahar Ben JellounDe olhos baixos. Tradução de Maria Carlota Álvares da Guerra. Bertrand Editora., p. 28
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