É verdade, Hedda! E quando eu lhe fazia as minhas confidências! Quando lhe contava os meus próprios problemas! Assuntos que nunca ninguém suspeitou que pudessem servir de tema das nossas conversas. Sentava-me lá e confessava que andava quase todos os dias e também as noites perdido de bêbado. Por fim, era mesmo todos os dias e todas as noites. Oh, Hedda! Que extraordinário poder havia em si para me obrigar a confessar coisas como essas!
HEDDA
Acredita que houvesse um poder tão grande, em mim?
Henrik Ibsen. Hedda Gabler. Tradução de Freire de Andrade. Editorial Presença, Lisboa., p. 128