Reconhecei a minha lentidão e o animal que sangra docemente
dentro da minha alma.
(...)
Faríeis melhor residindo em pântanos. Eu já não sou o vosso mestre
mas sim a vossa profundidade a que talvez não chegareis.
(...)
a minha mãe é fértil na cobardia;
o meu coração, temível na doçura.
Antonio Gamoneda. Descrição da Mentira. Tradução de Vasco Gato. Edições Quasi, 2003., p. 14/15