Crê no amor, mesmo quando ele é uma fonte de dor.
Não feches o teu coração.
Não, meu amigo, não posso compreender as tuas palavras, porque são obscuras.
O coração fez-se para ser dado, oh minha amada, com uma lágrima e uma canção.
Não, meu amigo, não posso compreender as tuas palavras, porque são obscuras.
A alegria é frágil como uma gota de orvalho. Morre, sorrindo. Mas a angústia é tenaz e forte. Deixa despertar nos teus olhos um doloroso amor.
Não, meu amigo, não posso compreender as tuas palavras, porque são obscuras.
Prefere o loto desabrochar e morrer, a viver em botão um perpétuo inverno.
Não, meu amigo, não compreendo as tuas palavras, porque são obscuras.
Rabindranhath Tagore. O Jardineiro d' Amor. Tradução de António Figueirinhas. Livraria Nacional e Estrangeira de Eduardo Tavares Martins. Porto, 1922., p. 49
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