quarta-feira, 17 de agosto de 2011
XXVI
Tomo o que tu de bom grado me ofereces: nada mais peço.
Sim, sim, conheço-te, modesto suplicante: queres tudo quanto tenho.
Se puder ter essa flor perdida, trá-la-ei de encontro ao coração.
E se ela tiver espinhos?
Sofrê-los-ei.
Sim, sim, conheço-te, modesto suplicante: tu queres tudo quanto tenho.
Um olhar dos teus olhos amorosos faria doce a minha vida por toda a eternidade.
E se o meu olhar é cruel?
Guardarei, no meu coração, o seu golpe.
Sim, sim, conheço-te, modesto suplicante: tu queres tudo quanto tenho.
Rabindranhath Tagore. O Jardineiro d' Amor. Tradução de António Figueirinhas. Livraria Nacional e Estrangeira de Eduardo Tavares Martins. Porto, 1922., p. 48
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