A propósito de um início de leitura (viagem), pelo livro Cálamo de Walt Whitman, encontra-se às tantas, uma opinião crítica (algumas, que se diziam na altura) que me deixou estupefacta, a olhar e a reler a 'bosta', com alguma incredulidade:
«O autor devia ser corrido a pontapés de qualquer sociedade decente, por pertencer a um nível inferior ao das bestas. Não há inteligência nem método nesta tagarelice desarticulada e cremos que deve tratar-se de um pobre louco fugido do manicómio em pleno delírio» (Intelligencer, Boston, 1855)
Olá
ResponderEliminarrealmente fiquei de igual forma estupefacto quando li essas frases. é incomportável quando se magoa de forma tão vil a sensibilidade única de Walt Withman que de forma tão natural despertou uma nova poesia.
Como se vê, neste caso, crítica literária, é o que não se estava de modo algum a fazer. Quanto a mim, tratava-se de um ataque à orientação sexual de Whitman.
ResponderEliminarIsto de crítica literária...às vezes, põe-se ao alto, nas maiores fornalhas de luz, o lixo literário; outras, porém, primeiro negam-se as evidências...escrevendo 'esta trampa', de alguém com tanto valor.
Dá uma certa graça, imaginar, como tanta era a comichão que tinham, que elaboravam tais discursos.
Mas, hoje, passa-se o mesmo: com mais modos, que o homem moderno, evolui (e muito), é formalíssimo a chamar bestas aos outros e a defender os da sua 'espécie' soberana de tachos e mais tachos.
A literatura dos 'tachos' vive que se farta neste país.