No pinheiro são abolidos s suas expansões sucessivas (no pinheiro dos bosques, especialmente) que felizmente corrige, libertando-se da maldição habitualmente sofrida pelos vegetais: ter que viver eternamente com o peso de todos os gestos desde a infância. A essa árvore mais do que a qualquer outra é permitido separar-se dos seus antigos desenvolvimentos. É-lhe permitido esquecer. É verdade que os desenvolvimentos seguintes se assemelham muito aos antigos, caducos. Mas não importa. O prazer está em abolir e recomeçar. E depois é sempre mais acima que isso se passa. Parece que se ganhou qualquer coisa.
Francis Ponge. O Caderno do Pinhal. Trad. Leonor Nazaré. Hiena Editora. Lisboa, 1986., p. 49
Francis Ponge. O Caderno do Pinhal. Trad. Leonor Nazaré. Hiena Editora. Lisboa, 1986., p. 49
Francis Ponge, um poeta como poucos. in
ResponderEliminarTenho aqui este livro traduzido para o alemão por o poeta e escritor contemporâneo austríaco Peter Handke
ResponderEliminarpois, eu tenho mesmo que o ler em português, que alemão não é comigo.
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