Clepsidra

«     Senhora do sangue do meu altar Sangue do sacrifício no monte sagrado O do nosso filho - o sangue do cordeiro - corre no monte       ...

«depois de vós, não é permitido ter frio.» Tóth Erzsébet. Novíssima Poesia Húngara. Tradução de Ernesto José Rodrigues. Bico d'Obr...

meia-noite no quarto a luz pisca abro esta janela para mim o sonho bruxuleia quase extinto faço como se não tivesse frio faço tudo como s...

Quando, à nossa volta, já tudo escurece, e lilás se rasga o céu, então                                                             [gostari...

 Estala, vira-se o leme, a longa        verga, ceifa quase a onda,         e a barca larga! Mastro e vela, vê, lança-se quando vitori...

Entre flores no chão deitar-nos e queres, queres brincar à morte? Kosztolányi Dezső   in Antologia da Poesia Húngara. Selecção e traduç...

Mãe, quando, um dia, eu voltar de vez, fico aqui contigo para sempre. Quando abraçar a velha soleira e beijar as santas árvores de antiga...

(...) «Tu conheces o fio da lâmina, o sabor do sangue,            os minutos de tensão, os espasmos da traqueia lacerada, e a luta     ...

Quando a noite, esta manta branda, negra, lisa manta de veludo que estende uma gigantesca ama, lentamente cobre a terra resguardada, e t...

«No alto, vermelho, heróico, nupcial leito, de revoluções virgens éramos. Mas, sob a pele, queima, ardente, já nosso sangue, triste e pes...

(...) púrpura sobre o Diabo antigo. Crucifixo, duas velas, dor. Grande e sem fim triste torneio. e o vinho espalha-se na mesa. Ady ...

«Sentado, batem ondas, vento frio, nas águas da Babilónia, sombrias.» Ady Endre   in Antologia da Poesia Húngara . Selecção e tradução d...

Era um rapaz de olhos grandes, sangue cumano, ferido de tristes quereres: a manada guardava e corria através do célebre Hortobágy húngaro...

Partimos. Vamos para o Outono, uivando, chorando, perseguindo-nos, dois falcões de asas desfalecidas. Traz novos ladrões consigo Verão, ...

Fala com as árvores o triste vento de Outono, fala baixo, não se ouve; que lhes dirá? Ao seu discurso, movem as árvores, sonhando, a cabe...

«Trago no coração chama, celeste chama, que as gotas do sangue aquece,» ... «Oh, pudesse dizê-lo, não só com palavras vazias, mas tamb...

Aqui estou, no meio da planura, como estátua, imóvel. Cobre o deserto silêncio sepulcral, qual sudário cobre o morto. Ao longe, um homem...

QUEM SOU EU? AH, NÃO, NÃO DIGO... Quem sou eu? Ah, não, não digo; se digo, sou conhecido. E, se me conhecem mesmo, vou à forca, pelo m...

Davam já cortes finais, na mata, lestos ceifeiros; ao comprido, colossais, caíam sombras, à beira; parámos de vez em quando na erva alt...

Porque, Lúcia, me desprezas e rejeitas? Nunca, lembro, a rapariga alguma (assim vivo, e passo bem) houve que eu não contentasse; se, porv...