Mostrar mensagens com a etiqueta excerto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta excerto. Mostrar todas as mensagens

domingo, 21 de maio de 2023

 «Cheio de preocupação

sincera, amavelmente

um príncipe demonstra ao

bobo que não é tolo.»


Robert Walser. Gata Borralheira. Tradução de Célia Marques. Maldoror, 2021., p. 35

sábado, 20 de maio de 2023

 «(...) A dor fingida,

imitadora da dor verdadeira,

mata.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 163

 «(...)  Uma doença

é uma garganta

carnívora.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 158

 «(...) Coração, sim - enrugado

por tanta dor.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 143

 «As veias vão rasgando

a via do suicídio.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 131

 «(...)

estou, se na relva ou no mármore estou

porque toda te desfazes no teu ofício

de me desfazeres.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 130

 «(...) E o sol

pouco a pouco vai caindo,

escurecendo.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 128

 «(...)

Fiquei a pensar nela. Nos seus dedos

desviando um ramo de cerejeira

para me ver melhor.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 126

 «(...) Uma hóstia

de sangue. Pão infinito.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 117

« e não há nada  para sofrer, nada

para lamentar.»

Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 101

 

«(...), um dia lágrimas,

no outro cerejas negras, »


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 101

85

 Agora que me dedico ao ócio

não tenho tempo para nada.

Vou destruindo pouco a pouco

os restos da minha bagagem.

*


(....)

* ócio no sentido romano da palavra:

o abandono das ocupações públicas.


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 99

 «Lábios ou aves? E já 

molhados. Plenos de sangue.»

Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 90

quinta-feira, 18 de maio de 2023

« e bebo nas tuas coxas o linho molhado

da minha infância.»

Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 87

 «(...)

Sou um homem do passado

descendo os infernos

que mitos enunciaram: memórias de estrelas

que deram à luz planetas

com suas ervas e mares.»


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 40

 «(...) E fincas as mãos

na minha cabeça. E todo eu começo

                    a ser sede.»

Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 33

 As nuvens

navegam

brancas nos rios


Casimiro de Brito. Euforia. Razões Poéticas, 2019., p. 29

terça-feira, 9 de maio de 2023

SOU APENAS UM HOMEM

«Sou apenas um homem entre as lápides.

E, quando os mortos murmuram o meu nome,

digo simplesmente que estou aqui,

acendendo as velas,

rezando outra vez, com palavras humildes,

nos altares destruídos.»


José Agostinho Baptista. Esta Voz É Quase o Vento. Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 35

 «não façam aqui a sepultura de quem por amor

se mata, se despede,

se consome,»


José Agostinho Baptista. Esta Voz É Quase o Vento. Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 28

 

«Era uma vida de açucenas desfeitas.

E ela ia e vinha, sonambulamente, apagando as 

estrelas.


Tinha,

na boca entreaberta,

o travo amargo de laranjas doentes,

dos licores de ervas muito verdes que colhera na

infância dos países do mal.


Tinha medo.»


José Agostinho Baptista. Esta Voz É Quase o Vento. Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 18
Powered By Blogger