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terça-feira, 29 de dezembro de 2015
«Deus é um estremecimento; uma doce lágrima.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 255
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«Eu seguia cheio de alegria olhando as pedras terríveis das quais tinham nascido as suas virtudes: a vontade, a obstinação, a pertinácia, a resistência e, mais que tudo isso, originara um Deus, carne da sua carne, fogo do seu fogo, ao qual eles gritavam: - Dá-nos de comer! Mata os nossos inimigos! Leva-nos à Terra Prometida!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 252
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015
«De facto, há apenas um livro que não é feito de papel, que destila sangue e é amassado com carne e ossos: o Velho Testamento.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 245
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«Senti repentinamente que era feliz. Uma decisão secreta amadurecia dentro de mim. Não lhe podia ainda ver o rosto mas tinha confiança.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
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sobre a felicidade
«(...): a resposta - disse eu -, a resposta vem quando se deixa de fazer perguntas, quando desce o espírito inquieto e nos toma o coração e os rins.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
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«Fechei os olhos para que o sono viesse e acabasse com aquilo.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 242
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« - Há muitas inquietações que te consomem, és muito exigente, fazes muitas perguntas, torturas o coração.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 242
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«Eu não tenho coração! Sou um bloco de granito negro, não há mão nenhuma que possa imprimir-se em mim. Tomei a minha decisão: Vou incendiar Sodoma e Gomorra!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 240
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 240
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domingo, 20 de dezembro de 2015
« - Não te ajoelhes, não estendas as mãos para me abraçar os joelhos. Eu não tenho joelhos! Não comeces os teus lamentos para me tentares comover! Eu não tenho coração! Sou um bloco de granito negro, não há mão nenhuma que possa imprimir-se em mim. Tomei a minha decisão: Vou incendiar Sodoma e Gomorra!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 239
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«A minha vontade é um abismo. Se a pudésseis olhar de frente o terror invadir-vos-ia.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 239
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« - «Tomei a minha decisão», na tua boca, Senhor, significa: vou matar!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 238
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AQUI NÃO HÁ DEUS
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 238
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« - Senhora Alma quero que te dispas. - Senhor, como é possível que me peças uma coisa dessas? Tenho vergonha. - Senhora Alma, não pode existir nada entre nós a separar-nos, nem o mais leve véu. É necessário, portanto, Senhora, que te dispas. - Eis-me, Senhor, estou nua, leva-me!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 236
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Deus incendiar-me-á
«(...), lá onde Deus sopra como um vento escaldante, e aí no despir-me-ei e Deus incendiar-me-á.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 235
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«(...), ardia em desejos de chegar as montanhas desertas, nuas, que se viam na minha frente, andar, andar, nada mais ver que o Sol, a Lua e as pedras.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 235
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«Punham as mãos no fogo e esfregavam o rosto e o peito. Os homens começaram a dançar e as mulheres uivavam.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 235
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 235
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«E se não tivesse havido o coração quente duma mulher teria permanecido estendido no túmulo, eternamente. A salvação do homem esteve por um fio, dependeu de um grito de amor.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
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«Hoje, como há dois mil anos, a vida está novamente em decomposição, mas os problemas que agora perturbam o equilíbrio do espírito e do coração são mais complexos e a sua solução mais difícil e sangrenta.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232/3
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«O mar faiscava, vivamente agitado, (...)»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232
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