“Não tenho absolutamente um mundo físico, não vivo somente no meio da terra, do ar e da água, tenho em volta de mim estradas, plantações, cidades, ruas, igrejas, utensílios, uma campainha, uma colher, um cachimbo. Cada um desses objectos tem no fundo a marca da acção humana à qual serve. Cada um emite uma atmosfera de humanidade que pode ser muito pouco determinada, se só se trata de alguns traços de passos na areia, ou, pelo contrário, muito determinada, se visito a cabo e rabo uma casa recentemente esvaziada”
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção, 1971.