Alegrias e dores, penas e trabalhos.
Fora eu rico, Senhor, e muito Vos daria,
Mas sei que nada valho.
Que tenho eu, meu Deus, p'ra pôr sobre a patena
Que as mãos do sacerdote elevam no altar?
A não ser esta imensa, esta infinita pena,
De nada ter p'ra dar.
Que as mãos do sacerdote elevam no altar?
A não ser esta imensa, esta infinita pena,
De nada ter p'ra dar.
Com o trigo loiro deponho, na patena,
A minha vida inteira, of'reço-a no altar.
Mas ainda me fica esta infinita pena,
De nada ter p'ra dar.
A minha vida inteira, of'reço-a no altar.
Mas ainda me fica esta infinita pena,
De nada ter p'ra dar.
Em cada hóstia, imaculada e pura,
Quantos os grãozinhos do nosso trigo loiro?
Mas, para ser hóstia, sofre sob a mó dura
Cada baguinho de oiro.''
Quantos os grãozinhos do nosso trigo loiro?
Mas, para ser hóstia, sofre sob a mó dura
Cada baguinho de oiro.''