Pedir-te a sensação
a água
o travo
a água
o travo
aquele odor antigo
de uma parede
branca
Pedir-te da vertigem
a certeza
que tens nos olhos
quando me desejas
Pedir-te sobre a mão
a boca inchada
um rasto de saliva
na garganta
pedir-te que me dispas
e me deites
de borco e os meus seios
na tua cara
Pedir-te que me olhes
e me aceites
me percorras
me invadas
me pressintas
Pedir-te que me peças
que te queira
no separar das horas
sobre a língua
Maria Teresa Horta. Eu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 26
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