''sA — A Hélia afirmou numa entrevista: “Estamos doentes de abundância”. Refere-se à Europa pós-Auschwitz e ao mundo Ocidental em geral? E estamos doentes, porque na verdade essa abundância é de certa forma oca ou falsa faz algumas décadas?
HC — A abundância é isso mesmo: o excesso. O furor de adquirir e deitar fora, o vício dos objetos, a compulsão do gasto, a ânsia das viagens em que não se conhece senão hotéis e lojas, tudo é doença do insaciável, tudo é dependência e entorpecimento. Quem pára? Poucos param. O sonho de uma vida é tomar um cocktail dentro de uma piscina. Não há maior pobreza.''
Entrevista aqui.
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