«Hoje nós já vemos, através das fendas e das rachaduras da torre
de Babel, um mundo todo gelado, cuja visão faz estremecer mesmo o
coração mais corajoso. Em breve, o tempo do progresso nos parecerá enigmático
como os segredos de uma dinastia egípcia. Mas, naquela época, o
mundo comemorou cada um dos seus triunfos, que emprestavam ao vencedor,
por um instante, a centelha da eternidade. Com punhos demasiado
violentos, mais ameaçadores que Hanibal, aqueles exércitos, cuja imagem
se perde no tempo, haviam batido nos portões das grandes cidades e
dos estreitos fortificados do mundo.»
Ernst Jünger. A mobilização total (Ensaio). Tradução e notas de Vicente Sampaio. Natureza Humana 4(1): 189-216, jan.-jun. 2002
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