sexta-feira, 17 de agosto de 2012

« - Vamos, como podem tratá-lo assim? - protestou Adelaida, que se aproximou solicitamente do príncipe e lhe estendeu a mão.
     Ele sorriu-lhe com ar perturbado. De súbito, um sussurro precipitado causou-lhe no ouvido uma espécie de queimadura, era Aglaia que lhe murmurava:
   - Se não põe imediatamente esses infames na rua, odiá-lo-ei toda a vida, toda a vida, e só a si!»




Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 296
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