Aliei-me à velha noite de maneira
que envelheci com ela e a tristeza
no coração sem paz meteu acesa
a presença das sombras na lareira
O que assim faz ser una essa pobreza
distante sem ter sol na terra inteira
com meu obscurecer quando o não queira
o amigo Na vigília muita vez a
ideia me sacudiu O sonho é raro
em noite assim dá ao insone a sua
claridade impotente para amparo
do homem mas nos seus mundos estua
não lhe brota outra luz no limiar
a lembrança é-lhe lua e faz-lhe par.
Os Sonetos de Walter Benjamin. Tradução de Vasco Graça Moura. Campo das Letras, 1999, p.41
terça-feira, 22 de março de 2011
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