sexta-feira, 1 de outubro de 2010

« (...)Com um grande esforço, mesmo com desespero, Bernhard procura conquistar um papel de poeta e um mundo poético que sugere a mortalidade e o pó do mundo vulgar.»
«O jovem poeta sente-se fora do seu tempo e indigno. Mas não quer deixar a poesia. E prefere percorrer, como que numa ronda clássica, o campo e as cidades, olhando a existência humana aqui e além. E chega à conclusão de que a podridão produz a decomposição da vida no campo e de que as cidades calcinadas, despedaçadas, morrem. Há por detrás das aparências um outro mundo, mas este não é o mundo nobre e elevado que se esperava, mas sim um mundo de podridão e de aniquilamento.»

Hugo Diettberner: «Der Dicher wird Kolorist. Thomas Bernhards Epochensprung», in Text+Kritik, Heft 43, Thomas Bernhard, 3. Auflage: Neufassung, November 1991, p.12/13

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