Clepsidra

«sinto que sinto como sentiria sendo eles e isso me perturba como o mundo inteiro que me envolve e transcende. só através da memória me é ...

«um homem sem memória seria um homem feliz. não tanto por não a ter o que poderia dar-lhe a plenitude do instante mas por nem ter a memória...

«sentia numa onda o torpor de quem lentamente adormece; é o veneno, pensou; veneno não da aranha mas do cálice, do cálice com cicuta que ...

Almeida Faria. Rumor Branco. Portugália Editora, Lisboa, 1962., p. 132

«aquela era a condenação à morte lenta, condenação que estava na lei e tinha de ser cumprida, cumprida por todos, mesmo pelos que a fizera...

Almeida Faria. Rumor Branco. Portugália Editora, Lisboa, 1962., p. 127

« (...) estava morto, morto, tinham-no autênticamente condenado à morte; eles sabiam que um homem como ele não poderia viver numa tal jaul...

«porque nasceste num bairro operário serás eternamente limitada e numa casa suja de operário serás precocemente desflorada e no incerto...

«sofria de doenças raras queixando-se das que conhecia e doutras que inventava jamais deixando porém de ser sincero chegaram a doer-lhe o...

« fala vagamente de vida existencial concreta e do sensualismo de possuir a morte! afirma que se suicida depois de viver um momento de bele...

«porque fomos criados para que nos criássemos, porque para nos fazermos fomos feitos, a cada instante se fazem e nisso está a liberdade de...

« é a hora a que proletários, vão a caminho de casa para, à falta de comida, fazer filhos a quem comida faltará também e depois dormir co...

« com meia dúzia de frases conhecemo-nos.» Almeida Faria . Rumor Branco . Portugália Editora, Lisboa, 1962., p. 69

Almeida Faria . Rumor Branco . Portugália Editora, Lisboa, 1962., p. 28

«(...) como pode alguém assim amar uma pessoa depois de tantos anos de promiscuidade dum dia repetido e chão será que o amor renova realmen...