Mostrar mensagens com a etiqueta O elogio da loucura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta O elogio da loucura. Mostrar todas as mensagens

domingo, 24 de novembro de 2013

ditado popular

«Só a Loucura conserva a juventude e afasta a velhice importuna.»


Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 30

Rio Lete

«Rio do Inferno, a que chamavam «rio do esquecimento», pois as almas dos mortos, ao beberem as sua águas, esqueciam o seu passado.»


Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 27

VI.

 
« - Assim, imitaríamos os retóricos do nosso tempo, que se julgam pequenos deuses, por utilizarem duas línguas, como as sanguessugas, e se maravilharem com a habilidade de misturar no seu latim algumas palavras gregas, do que resulta um mosaico nem sempre muito a propósito. Se por acaso lhes faltam os termos estrangeiros, vão buscar os pergaminhos bolorentos quatro ou cinco fórmulas arcaicas, que lançam como poeira aos olhos do leitor, para que os que compreendem se deleitem e os ignorantes ainda mais os admirem. Com efeito, as pessoas admiram com prazer maior o que menos compreendem, pois a sua vaidade está nisso interessada. Assim, riem, aplaudem, abanam as orelhas como os burros, para mostrarem deste modo que compreenderam perfeitamente: «É assim mesmo, é tal e qual!» Mas voltando ao meu assunto...»



Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 19/20

sábado, 9 de novembro de 2013

« V. - Não preciso de vo-lo dizer; revelo-me, como já alguém afirmou, pela fronte e pelo olhar e, se alguém me quisesse tomar por Minerva ou pela Sabedoria, desenganá-lo-ia, sem precisar de discursos, com um único olhar, pois o espelho da alma é sempre o menos enganador. Nunca simulo no rosto o que me não vai no coração. Sou sempre igual a mim própria e nunca uso de disfarce, como os que pretendem passar por sábios e se passeiam como macacos vestidos de púrpura ou asnos cobertos com uma pele de leão. Qualquer que seja o disfarce, as orelhas acabam sempre por atraiçoar o velho Midas.»
 
 
 
 
Midas - desesperado com as suas orelhas, procurou escondê-las. O segredo foi descoberto pelo barbeiro, que, não podendo guardá-lo, resolveu cavar um buraco e aí o ocultar. Porém, as roseiras que cresceram nesse local repetiam a quem passava, sempre que o vento as abanava, o segredo das orelhas de Midas.





Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 18/9
«Agrada-me fazer de sofista à vossa frente, não porém como aqueles que metem na cabeça dos jovens bagatelas enfadonhas e os ensinam a discutir com mais teimosia que as mulheres.»


Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 16
«Quando vos vejo agora, ébrios do néctar dos deuses de Homero, misturado a um pouco de nepentes, enquanto, há um momento ainda, estáveis para aí sentados, inquietos e tristes, como se acabásseis de chegar do antro de Trofónio.»
 
_______________
 
nepentes - planta, cujo suco, misturado ao vinho, provocaria o esquecimento das preocupações e cuidados.
 
Trofónio - Legendário assassino, em cujo antro se encontrava um oráculo cuja consulta provocaria a tristeza para toda a vida.

Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América., p. 15

''Fala a Loucura''

terça-feira, 5 de novembro de 2013

«O mundo é um palco e a vida um jogo de som e de fúria, representado por um louco.»


Erasmo. O Elogio da Loucura. Tradução, prefácio e notas de Maria Isabel Gonçalves Tomás. Livros de bolso Europa-América
Powered By Blogger