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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
«Deste modo, todas as noites, desde o chá até à hora do jantar, passei a ler aos meus patrões a «Folha de Moscovo»: romances de Vachkov, de Rokchanine, de Roudnikovski e toda a espécie de literatura própria para ajudar a fazer a digestão das pessoas que se aborrecem até morrer.
Não gostava nada de ler em voz alta, isso impedia-me de compreender o que lia, mas os patrões escutavam com toda a atenção, quase com uma espécie de avidez cheia de veneração; soltavam alguns «ah» de espanto pelos crimes dos heróis e comentavam entre si, com certa firmeza:
- Ainda bem que vivemos sem fazer ondas, aqui, em paz; não sabemos nada, o Senhor seja louvado!»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 230
''comilona de alfarrábios''
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 221
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
''distribuía os pássaros que serviam de isca''
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 184
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
«Mas eu sentia-me já apaixonado pela caça aos pássaros. Era uma tarefa que me agradava, me deixava independente e não fazia mal a ninguém, senão às pequenas aves. Comprei um bom material, e a conversa com velhos passarinheiros ensinou-me bastante. Ia sozinho para a caça, andava quase trinta verstas em redor, pela floresta de Kstovo, sobre as margens do Volga, onde encontrava os melharucos de Apolo, pequenos pássaros brancos, de comprida cauda e rara beleza, bastante apreciados pelos amadores.»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 183
«A primeira vez que conseguiu vender pássaros (...)»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 182
Mas já fumas a erva-do-diabo?
«E, com um ar triunfante, tirei do bolso um maço de cigarros e acendi um com satisfação.
- Muito bem, assim é que é - disse o avô, observando todos os meus gestos. - Mas já fumas a erva-do-diabo? Não achas que ainda é cedo?»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 173
domingo, 3 de janeiro de 2016
«(,,,) e, de repente, o medo invadiu-me.»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 164
« - O Senhor disse que o homem devia sofrer, então, que sofra! Não podes fazer nada, é esse o seu destino...
Escuto essas palavras com dissabor, exasperam-me: não posso suportar a infâmia, recuso-me a aceitar que sejam desconfiados, injustos e malcriados comigo; sei perfeitamente que não mereço tal atitude. »
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 162
« O cigarro ao canto da boca continua a arder; num gesto feito com a língua, puxa longas fumaças e o seu rosto quase desaparece no meio do fumo. Por vezes, parece-nos que adormeceu; páro de ler e observo o maldito livro, que me enche o coração de angústia.»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 139
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