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sábado, 6 de agosto de 2011

«Mas de que pode um homem decente falar com grande prazer?
   Resposta: de si próprio.
   Pois bem, falarei de mim.»





Fiódor Dostoiévski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 10
   «A questão não era apenas não saber como tornar-se malévolo, a questão era não saber como tornar-me no que quer que fosse; nem malévolo nem bondoso, nem numa víbora nem num homem honesto, nem num herói nem num insecto. Agora, vivo a vida no meu canto, martirizando-me com a odiosa e inútil consolação de que um homem inteligente não pode séria e verdadeiramente tornar-se no que quer que seja, só os tolos se tornam nalguma coisa.  Sim, no século XIX, um homem deveria ser, e moralmente tinha de ser, preeminentemente uma criatura desprovida de carácter; um homem de carácter, um homem activo é preeminentemente uma criatura limitada. É esta a minha convicção de quarenta anos. Tenho agora quarenta anos e, a mais completa velhice. Viver mais do que quarenta anos é má educação, é vulgar, é imoral. »





Fiódor Dostoiévski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 9
«Saí da casa dele [Bielínski] em estado de êxtase. Parei por um instante na esquina de sua casa, olhei para o céu, para o sol luminoso, para as pessoas que passavam, e compreendi, no mais fundo do meu ser, que aquele tinha sido um momento solene na minha vida, um marco decisivo, que alguma coisa inteiramente nova havia começado.»
 


 Dostoiévski sobre as palavras de Bielínski, em, 'Diário de um Escritor'
«Atormentavam-me até eu ficar envergonhado: levavam-me a ter convulsões e, por fim, fizeram com que ficasse doente, e bem doente me fizeram ficar! Agora, digam-me senhores, não estão por acaso a pensar que estou a exprimir remorsos por alguma coisa, que estou a pedir perdão por alguma coisa? Asseguro-vos que isso me é indiferente...»



Fiódor Dostoiévski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 9
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