terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
''Quero a tua culpa, diz.''
Jaime Rocha. Necrophilia. Prefácio de João Barrento.
Relógio D' Água, 2012., p. 50
22.
Agora são doze girassóis numa jarra que o
homem vê no espelho onde se fixam as
omoplatas da mulher. Tudo se passa numa
ponte, dentro de um sonho, com um moinho
parado quase submerso onde se refugiam
as aves de Verão. Apetece-lhe reviver um
crime, ressuscitá-la para de novo a matar,
para que o choro regresse com mais força,
como a chuva de Inverno a bater nas janelas,
o granizo. E anseia por vê-la um segundo,
tocá-la, mexer-lhe na testa, cruzar os dedos
nos seus cabelos e escutar-lhe novamente
os derradeiros gemidos. Como se cheirasse
um aloendro ou se deitasse para sempre num
campo de hortênsias azuis.
Jaime Rocha. Necrophilia. Prefácio de João Barrento. Relógio D' Água, 2012., p. 47
homem vê no espelho onde se fixam as
omoplatas da mulher. Tudo se passa numa
ponte, dentro de um sonho, com um moinho
parado quase submerso onde se refugiam
as aves de Verão. Apetece-lhe reviver um
crime, ressuscitá-la para de novo a matar,
para que o choro regresse com mais força,
como a chuva de Inverno a bater nas janelas,
o granizo. E anseia por vê-la um segundo,
tocá-la, mexer-lhe na testa, cruzar os dedos
nos seus cabelos e escutar-lhe novamente
os derradeiros gemidos. Como se cheirasse
um aloendro ou se deitasse para sempre num
campo de hortênsias azuis.
Jaime Rocha. Necrophilia. Prefácio de João Barrento. Relógio D' Água, 2012., p. 47
20.
A mulher espreita por uma frecha,
escondida numa touca. Parece Dezembro,
pela ausência de pássaros. E diz,
venho para te misturar
aos meus ossos.
Ele estremece com estas palavras. Nunca
soubera falar para os seus lábos. Apenas
fora capaz de tocar-lhe nos ombros e feri-los,
com o mesmo ódio com que as abelhas
colhem o pólen, como uma condenação.
Jaime Rocha. Necrophilia. Prefácio de João Barrento. Relógio D' Água, 2012., p. 45
escondida numa touca. Parece Dezembro,
pela ausência de pássaros. E diz,
venho para te misturar
aos meus ossos.
Ele estremece com estas palavras. Nunca
soubera falar para os seus lábos. Apenas
fora capaz de tocar-lhe nos ombros e feri-los,
com o mesmo ódio com que as abelhas
colhem o pólen, como uma condenação.
Jaime Rocha. Necrophilia. Prefácio de João Barrento. Relógio D' Água, 2012., p. 45
domingo, 26 de fevereiro de 2012
«Ele, o meu saltimbanco, tem a alma de ouro e o coração de diamante - e ri-se, ri-se, quando o vento soa como flauta do Inverno, e ao concerto das corujas e das ondas as estrelas dançam.
A miséria anda-lhe cavando a sepultura. Um dia, abandonado da bem-amada, morrerá sem pão, sem luz, sem calor, sem orações e sem sol. E não sofrerá mais.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 131
Dies irae
« Depois uma música, como a do Dies irae, obra dos terríveis dominicanos: um poema de morte: uma das maiores agonias da alma: música ascética e flamejante, onde a natureza aparece, trágica e desgrenhada.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 111
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Aforismos
34. «Ninguém agradece o seu passado
ao leito seco do rio.»
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 103
ao leito seco do rio.»
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 103
LONGE DE TI SEI DO TEU ROSTO
TOMASTE-ME pela mão,
levaste-me contigo
e sentaste-me no trono
diante dos homens.
Comecei a ficar tímido,
incapaz de agir,
inútil para o caminho.
Duvidava de tudo,
e discutia comigo a cada passo,
não fosse caso
que pisasse algum espinho
no favor humano.
Veio a pedrada,
soou o tambor do insulto,
e a minha cadeira
rolou humilhada no pó.
Livre por fim!
Os caminhos abertos à minha frente;
as minhas asas cheias do desejo do céu!
Vou com as estrelas errantes da meia-noite,
mergulhar na profundidade sombria!
Sou como a nuvem de verão
no meio da tempestade,
que arranca a sua coroa de oiro
e cinge o raio como uma espada,
presa pela cadeia do relâmpago!
Com que desesperada alegria
corro pelo caminho poeirento
dos desprezados,
a caminho da tua boa-vinda final!
O menino encontra a mãe
ao sair do seu ventre.
Agora que estou separado de Ti,
fora da tua casa
que bem distingo o teu rosto!
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 67/8
levaste-me contigo
e sentaste-me no trono
diante dos homens.
Comecei a ficar tímido,
incapaz de agir,
inútil para o caminho.
Duvidava de tudo,
e discutia comigo a cada passo,
não fosse caso
que pisasse algum espinho
no favor humano.
Veio a pedrada,
soou o tambor do insulto,
e a minha cadeira
rolou humilhada no pó.
Livre por fim!
Os caminhos abertos à minha frente;
as minhas asas cheias do desejo do céu!
Vou com as estrelas errantes da meia-noite,
mergulhar na profundidade sombria!
Sou como a nuvem de verão
no meio da tempestade,
que arranca a sua coroa de oiro
e cinge o raio como uma espada,
presa pela cadeia do relâmpago!
Com que desesperada alegria
corro pelo caminho poeirento
dos desprezados,
a caminho da tua boa-vinda final!
O menino encontra a mãe
ao sair do seu ventre.
Agora que estou separado de Ti,
fora da tua casa
que bem distingo o teu rosto!
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 67/8
AMOR QUE LIBERTA
OS QUE me amam neste mundo
fazem quanto podem para me deter;
mas TU
não procedes assim no teu amor,
que é o maior de todos,
e deixas-me livre.
Eles nunca se atrevem
a deixar-me sozinho,
com medo que os esqueça;
mas passam dias e dias
sem que Te deixes ver.
E embora não chame por Ti
nas minhas orações,
embora não Te guarde no coração,
o teu amor
espera sempre
o meu amor.
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 48
fazem quanto podem para me deter;
mas TU
não procedes assim no teu amor,
que é o maior de todos,
e deixas-me livre.
Eles nunca se atrevem
a deixar-me sozinho,
com medo que os esqueça;
mas passam dias e dias
sem que Te deixes ver.
E embora não chame por Ti
nas minhas orações,
embora não Te guarde no coração,
o teu amor
espera sempre
o meu amor.
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 48
lousa
nome feminino
1. | PETROLOGIA rocha metamórfica muito físsil, escura por impregnação de substâncias carbonosas |
2. | placa de pedra que cobre um túmulo |
3. | ardósia encaixilhada, móvel ou fixa à parede, usada nas escolas, e também conhecida por pedra e quadro preto |
4. | lájea que serve de armadilha para pássaros; lousão |
5. | toca de coelhos; lura |
(Do latim vulgar *lausa- ou lausĭa-,
«pedra chata»)
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
«Tremia, era infeliz, mas tinha prazer em me oferecer a toda a desordem do mundo. Teria conseguido não sucumbir ao mal em que minha mãe me sufocava? Durante vários dias ela esteve fora de casa. Eu passava o tempo a destruir-me - ou a chorar -, a esperá-la.»
Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 149
« - Adivinho o que pensas - disse-me ainda. - Decidi não mais te poupar. Não modificarei os meus desejos. Respeitar-me-ás tal como sou: não esconderei nada de ti. Finalmente sou feliz por não me esconder de ti.»
Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 135
domingo, 19 de fevereiro de 2012
« - Queria - e falava-me como quem acaba de deixar à vista um veneno, depois de tomá-lo -, que me amasses até na morte. Por mim, já te amo neste momento na morte. Mas não quero o teu amor senão desde que sabes que sou repugnante e que, sabendo-o, me amas.»
Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 127
A VELHICE RENOVA O TERROR ATÉ AO INFI-
NITO. ELA FAZ REGRESSAR O SER, SEM CESSAR,
AO PRINCÍPIO. O PRINCÍPIO QUE ENTREVEJO
À BEIRA DO TÚMULO É O PORCO, QUE NEM
A MORTE NEM O INSULTO PODEM MATAR EM MIM.
O TERROR À BEIRA DO TÚMULO É DIVINO, E EU
AFUNDO-ME NO TERROR DO QUE SOU FILHO.
Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 116
NITO. ELA FAZ REGRESSAR O SER, SEM CESSAR,
AO PRINCÍPIO. O PRINCÍPIO QUE ENTREVEJO
À BEIRA DO TÚMULO É O PORCO, QUE NEM
A MORTE NEM O INSULTO PODEM MATAR EM MIM.
O TERROR À BEIRA DO TÚMULO É DIVINO, E EU
AFUNDO-ME NO TERROR DO QUE SOU FILHO.
Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 116
Vem ao meu lago
(...)
«Se enlouqueceste
e queres morrer,
vem, vem ao meu lago.
O meu lago é frio
e não tem fundo;
escuro como um sono
sem sonhos.
Lá em baixo,
as noites e os dias são iguais,
e toda a canção é silêncio.
Vem, vem ao meu lago,
se enlouqueceste
e queres morrer.»
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 20/1
«Se enlouqueceste
e queres morrer,
vem, vem ao meu lago.
O meu lago é frio
e não tem fundo;
escuro como um sono
sem sonhos.
Lá em baixo,
as noites e os dias são iguais,
e toda a canção é silêncio.
Vem, vem ao meu lago,
se enlouqueceste
e queres morrer.»
Rabindranath Tagore. O Coração da Primavera. Editorial A. O. 3ª edição., p. 20/1
domingo, 12 de fevereiro de 2012
metempsicose
nome feminino
teoria que admite a transmigração das almas, de um corpo para outro, quer de homens, quer de animais |
(Do grego metempsýkhosis, «idem», pelo latim
metempsychōse-, «idem»)
sábado, 11 de fevereiro de 2012
''desenhou a figura de Ofélia levada pela corrente''
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução
por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 72
dessorar
verbo transitivo
1. | converter em soro |
2. | aguar |
3. | tirar a substância a; enfraquecer |
4. | estragar; corromper |
verbo pronominal
1. | perder a substância |
2. | corromper-se |
3. | esvair-se |
(De des-+sorar)
Verdi
« (...) ele sabe excitar sonoridades materiais, mas não consegue arrancar a alma do seu vestido de carne e levá-la, nua e possuída do infinito, pelas regiões das surpresas radiosas.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 68
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 68
''lume santo''
(...)
«aquele sopro de que fala a Bíblia.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 68
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Oh! nunca me digas que me queres muito!
«Mas se me dizes que me queres muito, sinto que vem logo um estranho Inverno descorar-me as faces, desfolhar-me a alma de todas as emoções, e cobrir de geada todos os loucos desejos.
Oh! nunca me digas que me queres muito!»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 52
Oh! nunca me digas que me queres muito!»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 52
«Ainda hoje o triste anda penado nas águas escuras; e os teus olhos, ó serena rapariga, são eternamente falsos!
Não era assim que eu pensava no tempo daqueles nossos amores, ó nome que eu não escrevo! daqueles amores tão doces como a suavidade das nossas noites de Outono - tão coloridos e vagos como aquelas nuvens, que sempre no ar andávamos formando e desmanchando.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto.
Não era assim que eu pensava no tempo daqueles nossos amores, ó nome que eu não escrevo! daqueles amores tão doces como a suavidade das nossas noites de Outono - tão coloridos e vagos como aquelas nuvens, que sempre no ar andávamos formando e desmanchando.»
Eça de Queiroz. Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto.
"Ayer, cuando me dormía, así te vi y te oí de pronto: desperté sobresaltado y quedé muy acongojado, pensando en ti con mucha ternura y también en mí y en cómo vamos perdiéndolo todo"....
Carta de Adolfo Bioy Casares a Elena Garro
Mi querida , aquí estoy recorriendo desorientado las tristes galerías del barco y no volví a Víctor Hugo. Sin embargo, te quiero más que a nadie... Desconsolado canto, fuera de tono, Juan Charrasqueado (pensando que no merezco esa letra, que no soy buen gallo, ni siquiera parrandero y jugador) y visito de vez en vez tu fotografía y tu firma en el pasaporte. Extraño las tardes de Víctor Hugo, el té de las seis y con adoración a Helena. Has poblado tanto mi vida en estos tiempos que si cierro los ojos y no pienso en nada aparecen tu imagen y tu voz. Ayer, cuando me dormía, así te vi y te oí de pronto: desperté sobresaltado y quedé muy acongojado, pensando en ti con mucha ternura y también en mí y en cómo vamos perdiendo todo....
Te
digo esto y en seguida me asusto: en los últimos días estuviste no solamente muy
tierna conmigo sino también benévola e indulgente, pero no debo irritarte con
melancolía; de todos modos cuando abra el sobre de tu carta (espero, por favor
que me escribas) temblaré un poco. Ojalá que no me escribas diciéndome que todo
se acabó y que es inútil seguir la correspondencia... Tú sabes que hay muchas
cosas que no hicimos y que nos gustaría hacer juntos. Además, recuerda lo bien
que nos entendemos cuando estamos juntos... recuerda cómo nos hemos divertido,
cómo nos queremos. Y si a veces me pongo un poco sentimental, no te enojes
demasiado...
Me
gustaría ser más inteligente o más certero, escribirte cartas maravillosas. Debo
resignarme a conjugar el verbo amar, a repetir por milésima vez que nunca quise
a nadie como te quiero a ti, que te admiro, que te respeto, que me gustas, que
me diviertes, que me emocionas, que te adoro. Que el mundo sin ti, que ahora me
toca, me deprime y que sería muy desdichado de no encontrarnos en el futuro. Te
beso, mi amor, te pido perdón por mis necedades.
« Não espero nada. O facto não é horrível. Desde que o resolvi, ganhei tranquilidade.
Mas essa mulher deu-me uma esperança. Tenho que temer as esperanças.
Ela olha os entardeceres todas as tardes; eu, escondido, fico a olhá-la. Ontem, e hoje outra vez, descobri que as minhas noites e dias estão à espera dessa hora. A mulher, com a sua sensualidade de cigana e com o lenço colorido grande demais, parece-me ridícula. No entanto, sinto, talvez com um pouco de humor, que se pudesse ser olhado um instante por ela, falar com ela um instante, receberia ao mesmo tempo o socorro que o homem tem nos amigos, nas noivas e nos que são do seu próprio sangue.»
Adolfo Bioy Casares. A Invenção de Morel. Tradução de Miguel Serras Pereira e Maria Teresa Sá. 2ª Edição. Antígona, 2003, p. 25/6
«Em qualquer parte deste desgraçado mundo, quer nas classes inferiores que vegetam na pobreza e na imundície, quer nas classes superirores que cristalizam na riqueza e no tédio, todo o homem tem, ao menos uma vez na vida, um encontro que desperta nele sentimentos nunca experimentados.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 97
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
concupiscência
nome feminino
1. | atração pelos prazeres materiais e/ou sensuais |
2. | desejo sexual intenso |
3. | cobiça |
(Do latim concupiscentĭa-, «idem»)
«-Quero fazer-me monge para fugir ao desespero.
E contou-lhe o seu amor, dizendo que Eufrósina, a noiva, havia desaparecido de repente, que a procurava em vão havia oito anos e que se sentia queimado, ressequido de amor e de desgosto.
Ela respondeu-lhe com uma celeste suavidade:
-Senhor, essa Eufrósina, cuja perda chorais tão amargamente, não merecia tanto amor. Só a vossa imaginação torna preciosas a sua beleza; na realidade, ela é vil e desprezível. O que resta do seu transitório corpo não vale um simples lamento. Julgais que vos é impossível viver sem Eufrósina e no entanto, caso a encontrásseis, nem sequer a reconheceríeis.»
Anatole France. Contos Escolhidos. Selecção, Tradução e Prefácio de Mário Braga. Companhia Editora do Minho, 1967., p. 266
acrimónia
nome feminino
1. | sabor acre; acidez |
2. | figurado aspereza, azedume |
(Do latim acrimonĭa-, «amargor, acidez»)