Clepsidra

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

''os dias primaveris passavam velozes e sobrecarregados de imagens'' Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo. Tradução de Ma...

Quando acordou no dia seguinte, depois de um sono agitado, tinha a almofada húmida de lágrimas.

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«A porta rangia, o vento chiava e embatia contra o vigamento do telhado. Tudo parecia enfeitiçado, tudo ressumava mistério e ansiedade, pro...

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Há-de rir-se, quando vir que não aprendeste sem sequer a beijar.

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«- Que pena não poder nunca contentar-te. Porque havia eu de ter interesse em fazer-te vaidosa? És bela e gostaria de mostrar-te a gratidão...

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«- Não julguei nem pensei em nada, Lídia; a verdade é que penso muito menos do que imaginas. Não desejo senão que me beijes uma vez. Falamo...

Em meia hora fez-se muitos anos mais velho.

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Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 67

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

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«De inicio, foi Narciso, quem mais sofreu. Tudo era espírito, para ele, mesmo o amor; não lhe era fácil abandonar-se irreflectidamente a uma...

lusco-fusco

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Narciso

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« - Narciso- disse o abade uma vez, depois de o ter ouvido sem confissão - reconheço-me culpado de um juízo severo a teu respeito. Parecest...

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Women Who Read are Dangerous

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''diamantes de sangue''

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

iniludível

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adjetivo de 2 géneros 1. que não se deixa iludir 2. que não admite dúvidas; evidente

Sabina

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A criança moderna

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«(...) A criança moderna não tem mais nada a que se agarrar ou, para ser mais exacto, nada com que se agarrar. Actualmente aderimos à vida ...

domingo, 11 de agosto de 2013

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da rosa vermelha à rosa negra dois sóis trabalham dia e noite a fulgurante incandescência Manuel Gusmão. Dois ...

''disciplinado delírio''

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a queda amo- rosa, de onde foi olhada um «milhão de pássaros» em fogo passando pelo buraco de uma agulha, a rosa no écr...

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no centro da rosa o gelo reflecte exaltado a galeria em chamas que o rodeia Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectu...

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em suas muralhas a rosa fecha o olhar delas se despenha. a elas sobe. como se quisesse atingir um sol que intermitente, centro de si...

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«A voz dele elevou-se acima do fumo negro perante os destroços inflamados da ilha; contagiados por aquela emoção, os outros garotos começar...

sábado, 10 de agosto de 2013

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«Caminharam lado a lado, como dois mundos de experiência e sentimentos incapazes de comunicar.» William Golding . O Deus das Moscas . Tr...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

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«Porque será que sempre que ouço música penso que sou uma mulher casada?»

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Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 47

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«O peito em que batemos quando estamos alegres não é o mesmo em que batemos quando estamos tristes;» Djuna Barnes. O Bosque da Noite. ...

neurastenia

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nome feminino 1. MEDICINA estado caracterizado pela debilidade física e psíquica, acompanhada de perturbações psíquicas (tristeza, insón...

o tempo de interiorização

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«; tal como o corsage de uma mulher se torna subitamente marcial e doloroso com a rosa lançada entre as flores mais decorosas pela mão de...

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elucubrações

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''tinha cabelos tão vermelhos como um incêndio de Primavera''

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«É o que lhe digo, minha senhora, se alguém fizesse nascer um coração num prato ele diria «Amor» e agitar-se-ia como uma pata de rã cortada....

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«-Vocês discutem demasiado facilmente sobre a dor e a confusão, disse Nora. -Espere! Respondeu o doutor. A dor de um homem corre com di...

sábado, 3 de agosto de 2013

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«Não sou nem um malabarista, nem um frade, nem sequer uma Salomé do século XIII dançando de rabo para o ar sobre um par de lâminas de toled...

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''Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio , Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, se...

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«Apoiava, por detrás das costas, as mãos contra a mesa. Parecia constrangida. -Dizem realmente o que pensam, um e outro, ou estão apen...

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''insistente e falhado elogio''

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«(...) diz pequenas frases fascinadas, precipitadamente.»

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Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectura do mundo . Editorial Caminho, Lisboa, 2ª Edição, 1990., p. 44

palimpsesto

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nome masculino 1. pergaminho cujo manuscrito os copistas medievais raspavam para sobre ele escreverem de novo, mas do qual se tem consegui...

terça-feira, 30 de julho de 2013

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Mesmo este coração que é o meu ficar-me-á para sempre incompreensível.

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«Porque, se tento alcançar este «eu» de que me apodero, se tento defini-lo e resumi-lo, ele não é mais do que a água a escorrer-me por entr...

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«Acontece que os cenários desabam. Os gestos de levantar-se, o carro-eléctrico, quatro horas de escritório ou de fábrica, refeição, car...

«Ganhamos o hábito de viver, antes de adquirirmos o pensar.»

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Albert Camus. O Mito de Sísifo. Ensaio sobre o absurdo. Tradução de Urbano Tavares Rodrigues. Livros do Brasil, Lisboa., p. 20

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O suicídio

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«O suicídio nunca foi tratado senão como fenómeno social. Aqui, pelo contrário, para começar, importa a relação entre o pensamento individu...

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«Em todos os problemas essenciais (e por tal entendo os que podem fazer morrer e os que decuplicam a paixão de viver) só há provavelmente d...

''Trata-se somente de teimosia''

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O absurdo e o suicídio

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«Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a uma questão fun...

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Ó minha alma, não aspires à vida imortal, Mas esgota o campo do possível PÍNDARO

domingo, 28 de julho de 2013

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«-Há casais que têm quartos separados - dizia Stefan. - Eu preciso de um lugar onde possa fechar-me de quando em quando sem que ninguém sa...

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«Uma vez li um livro», prosseguira ele, como se não tivesse ouvido, « um livro em que falava de um rapaz que chamava as serpentes pelo nome...

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imperecível

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1. que não perece ou deixa de existir; eterno; imortal 2. que dura muito tempo; imorredoiro (De in-+perecível)

pulsão de Romeu e Julieta

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''locais de excessos extraordinários''

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«Fechava os olhos quando sorria, por coquetterie. Sempre que Stefan a tinha encontrado na escada, tinha-a surpreendido a puxar a blusa, ten...

tragédia elizabetiana

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Foram pétalas Ou olhos de deusas O que calquei? Não Não digam Eu sei Que foram sonhos Daniel Faria . ...

FOSSES TU

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Fosses tu uma ave ou uma folha E o Outono te viria desprender Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Qu...

PÓRTICO

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Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves Não é o serem atingidas, mas que, Uma vez atingidas, O caçador não repare na sua qu...

(PART)IDA

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eremitério

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masculino 1. lugar ou casa onde vive um eremita 2. figurado lugar afastado do povoado; ermo (De eremita+-tério, por influência de cemité...

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náiade

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nome feminino NA MITOLOGIA ...

''suave rodopiar das folhas''

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Ítaca

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O que dói É não poder apagar a tua existência e repetir dia após dia os mesmos gestos O que dói é o teu nome que ficou com...

«Olhar o ontem e ver o amanhã»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 359

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Para a minha alma eu queria uma torre como esta, assim alta, assim de névoa acompanhando o rio. Jorge de Sena

PORTO

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- cidade de luz de granito José Gomes Ferreira

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8

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Prometo-te a palma da minha mão para a escrita. Cerca-a de magnólias, cerca-me. Podes fechar a escrita No interior da mão ou na boc...

sábado, 27 de julho de 2013

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cerzir

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verbo transitivo coser sem deixar sinal da costura; passajar (Do latim sarcīre, «remendar»)

«Sei que não posso chamá-la das margens»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 312

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A mulher muitas vezes avança A mulher muitas vezes caminha pela borda Do vestido. Pudesse tocar A fímbria ou a franja de toda a ...

«Quero ver-te mesmo quando sangro»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 307

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Do que sangro

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Sem o agasalho das asas Agrilhoado no lado de fora do fogo, ao frio, Desatado pela diária lâmina Na condição da luz encarcerada no astro ...

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A pedra na terra. Oiço a pedra badalar nos sinos. Estou muito mais distante do que aquilo que a pedra atirada pode ...

«Cansa-me muito estar como a pedra entre as mãos»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 296

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(incluindo eu)

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«Há gente que tem sempre à mão a sua reserva de irritação.» Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Tradução de António Sabler. Ed...

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«O amor e a amizade não se fizeram um para o outro - sentenciou a velha -. Quando um está no auge, o outro desfalece.» A dolfo Bi...

mutismos

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«Acto contínuo, Zeferina fechou-se num desses mutismos que lhe são tão próprios.» Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Traduçã...

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« - Não confundas tristeza com loucura. - Estás triste porque estás louco. Sinceramente confessei: - Não te entendo.»...

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«No homem ciumento pouco dura a bondade.»

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Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Tradução de António Sabler. Editorial Estampa, Lisboa, 1980., p. 74

«Por alguma razão se diz que da boca dos loucos se ouve a verdade.»

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Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Tradução de António Sabler. Editorial Estampa, Lisboa, 1980., p. 48

superstições

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«Não entendo as mulheres. Sem causa aparente, Adriana Maria passou da animação ao cansaço.» Adolfo Bioy Casares . dormir ...

''My Week with Marilyn"

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ETRA (reflectindo) - Talvez haja momentos em que as coisas se soltam da mentira, como os frutos se desprendem do ramos que os sustinha. ...

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ETRA - A vingança não quer o sofrimento. Quer a humilhação. Eu humilhei-me. Hélia Correia . O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio...

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«(...) Nunca um filho amou tanto a sua mãe como Orestes naquele momento em que a matou.» Hélia Correia . O Rancor. Exercício sobre Hele...

Schiu!

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

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deusa-mulher

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''escorregando na maciez do sangue''

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«HELENA - Chega! Mas como tu és cansativo! Que cansativos se tornaram todos os homens desta terra, desde os reis ao mais enlouquecido vagab...

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«ORESTES - É um grito que o tempo, por si só, nunca terá poder para apagar. É o grito do homem que morre atraiçoado pela própria mulher. O ...

engodo

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«Dentro da solidão os espantalhos (não lhes fora dada A companhia dos pássaros) Daniel Faria . Poesia. Edição de Ve...

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«As pessoas que nos querem bem têm direito a odiar-nos de vez em quando.»

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Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Tradução de António Sabler. Editorial Estampa, Lisboa, 1980., p. 40

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«Repare como é a minha senhora. Até na sua loucura se mostrava vivaça e tem resposta para tudo.» Adolfo Bioy Casares . do...

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«Diana falava com tal velocidade que se eu não mostrava discordar, as afirmações dela iam por ali fora e eu tinha de fazê-la tornar atr...

''vantagens e inconvenientes da coleira de adestramento''

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Adolfo Bioy Casares . dormir ao sol . Tradução de António Sabler. Editorial Estampa, Lisboa, 1980., p. 20

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«Esclareço que, até ultimamente, as piores coisas tinham sido disputas com Diana e acessos de ciúmes por deslizes que apenas existiram na...

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«Também não nego que várias vezes eu e a minha senhora nos zangámos e que uma noite - receio que toda a viela tenha ouvido o alvoroço -, ...

domingo, 21 de julho de 2013

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«ETRA (com malícia) - Vê como falas. Mesmo que isso seja verdade, é uma das verdades que nunca se declaram. Não podia viver-se num mundo e...

Somente as inocentes enlouquecem.

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« HELENA (insistindo) - Veio agarrado a mim todo este sangue, escorreu-me pelas pernas à medida que eu ia caminhando. Olha ali, olha, a mar...

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(...) Pirro agride e domina Helena, numa ambiguidade de intenções PIRRO - O meu pai! O meu pai não é para aqui chamado. Julgas que não se...

pau-mandado

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« HELENA (rindo) - Que bebedeira, que exagero, ó deuses! A falta que lhe fez a mão da mãe assente a tempo próprio no focinho.» Hélia Co...

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displicência

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nome feminino 1. estado de quem se acha triste ou aborrecido 2. desprazer; desgosto 3. tédio; sensaboria 4. indiferença 5. indolência (D...

pasmaceira

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por dá cá aquela palha

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«MENELAU - (...) O meu genro tem lá o seu feitio, já o pai era assim. Só estava bem, zangado.» Hélia Correia . O Rancor. Exercício so...

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(...) «HELENA - Eu tinha de fazer qualquer coisa... HERMÍONE - Estraçalhar maridos é um bom passatempo. PIRRO - Minha mulher Hermíone ...

A fisherman at home, 1887

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apascentar

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verbo transitivo 1. dar pasto a (gado) 2. levar ao pasto; pastorear 3. figurado doutrinar verbo pronominal 1. deleitar-se 2. instru...

''Escrevo do lado mais invisível das imagens''

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 271

''Vejo o pedreiro à chuva a abrir aquedutos para o coração''

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 267

paveia

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nome feminino 1. feixe pequeno de palha ou de feno 2. monte de mato roçado

domingo, 14 de julho de 2013

''coração enfraquecido''

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esquecê-lo-ás

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«Deixarás aqui o que te atormenta e pode provocar a tua destruição e esquecê-lo-ás só pelo facto de o não veres. O remédio é infalível: é su...

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«Já então meu coração se contraiu de dor. Mas não compreendi, nem pensei que era ciúme, nem me supunha capaz de o experimentar. Mas eu esto...

domingo, 7 de julho de 2013

Solidão

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«Deus seja louvado por nos ter dado a solidão...Agora estou só.» Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'...

«É estranho que nós, que somos capazes de sofrer tanto, possamos infligir aos outros tanto sofrimento.»

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Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'Água., p. 236

26

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«Mas como descrever um mundo de que o eu está ausente?»

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Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'Água., p. 231

sem peso e sem ilusões

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«Fui uma sombra ocupada a registar sombras. Mas como prosseguir agora, sem um eu, sem peso e sem ilusões, num mundo sem ilusões e sem peso?»...

«Separamo-nos, perdemo-nos na escuridão das árvores, (...)»

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Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'Água., p. 223

Os nossos amigos

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«Os nossos amigos, como os visitamos pouco, como os conhecemos pouco - é verdade.» Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Fr...

Colourful Rock Formations in the Zhangye Danxia Landform Geological Park, China

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daqui

continuo sentado na solidão

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«Visitei cada um dos meus amigos, tentando com dedos inseguros abrir os seus pequenos cofres fechados. Expus-lhes a minha dor - não, não a ...

''a erva queimada pela geada''

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Virgínia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'Água., p. 214

O que era ardente e furtivo...

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«Crescemos pela acumulação de sucessivas camadas até nos tornarmos robustos. O que era ardente e furtivo como um punhado de grãos lançados ...

sábado, 6 de julho de 2013

Bert Stern: Original Mad Man

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crucifixo

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

''tranças cor de linho''

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Home

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bacia de cobre

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«Tinha uma bacia de cobre onde punha a flutuar pétalas brancas.»

''dossel formado pelas folhas da groselheira''

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Peter Emerson

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As ondas de escuridão

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O sol descera finalmente no horizonte, e era agora impossível distinguir o céu do mar. Ao desfazerem-se, as ondas espalhavam na praia os...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

segador

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Edward Sharpe & Jade Castrinos

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Ele tem a giesta onde faz nascer a neblina

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 260

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Consomes-te, não podes apagar-te Com o bater da mão sobre o teu peito Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga...

Transforma o coração na coisa desamada

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Transforma o coração na coisa desamada No vaso a transbordar que quebras com a boca E asperge a tua pulsão no me...

domingo, 30 de junho de 2013

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

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DEVANEIO E EMBRIAGUEZ DE UMA RAPARIGA Clarice Lispector. Laços de Família. Contos. Prefácio de Lídia Jorge. Relógio D' Ág...

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«Neste momento estou morta. É do meu túmulo que vos falo.» Clarice Lispector

domingo, 16 de junho de 2013

O fio de água no olhar de quem amei.

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 229

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DO SACRIFÍCIO DE ISAAC

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Queimará o monte, o filho, a lenha A morte, as areias, a viagem O deserto, a túnica, as estrelas Nunca será bastante o incêndio ...

''A boca é um alimento''

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 221

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«A princípio não se sente O amor - a humidade amanhecendo O coração ressequido» Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera V...

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«Apedrejas-me com a mesma pedra que me dás Para o descanso» Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 2...

Sweet Springtime, 1891-22

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tarambola

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nome feminino 1. ORNITOLOGIA nome vulgar de uma ave pernalta, pertencente à família dos Caradriídeos, por vezes frequente em Portugal, na...

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O sol baixava no horizonte. O dia estilhaçara-se como uma pedra dura e a luz derramava-se pelas suas fendas. Como rápidas flechas...

Eleanore

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''Viver tem sido terrível para mim.''

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Virginia Woolf. As ondas. Tradução de Francisco Vale. Relógio D'Água., p.161

''acha de lenha''

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«Devemos ser cépticos, mas também saber prescindir de todas as cautelas e aceitar o que surge quando a porta se abre.» Virginia Woolf. ...

nenúfares

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O sol declinara no horizonte. As ilhas de nuvens haviam-se feito mais densas e deslizavam diante do sol. Os rochedos tornavam-se su...

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''passou o serão em longa cavaqueira com ele''

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Morte