domingo, 21 de julho de 2013

(...) Pirro agride e domina Helena, numa ambiguidade de intenções

PIRRO - O meu pai! O meu pai não é para aqui chamado. Julgas que não se sabe que também ele te desejou que nem um doido?  Tu porque não o aceitaste, tu, que dormiste com todo o cão vadio?

HELENA - Deixa-me. Que queres tu? Fazer-me medo? Se é o medo que tu amas, nunca, mas nunca, ouviste? o verás  nos meus olhos.»



Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 46