domingo, 28 de julho de 2013

«Uma vez li um livro», prosseguira ele, como se não tivesse ouvido, « um livro em que falava de um rapaz que chamava as serpentes pelo nome e conversava com elas. Tenho a certeza de que essas coisas são possíveis». Mas é preciso que alguém as ensine...O meu ouriço, por exemplo, rebolava-se na minha presença, encolhia os espinhos e deixava-me fazer-lhe festas. Tenho a certeza de que eu podia ter aprendido muitas coisas com ele, mas não sabia falar-lhe...»



Mircea Eliade. Bosque Proibido. Tradução de Maria Leonor Buescu. Editora Ulisseia, Lisboa, 1963., p. 15