quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Novembro: mês de melancolia e nostalgia

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

padre-nosso

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Agradas-me

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«Agradas-me, diz ele, e cospe para cima da pedra uma casca de girassol, és boa na cama. Há ali perto um banco e em cima do banco está uma g...

''os olhos habituam-se à noite''

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«Mas os ramos estalam e as gralhas voam para os ninhos e grasnam, pressentem o nevoeiro que lentamente se derrama sobre as árvores.» Hert...

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«Despe o casaco e os colãs. Deita-se na cama. Os dedos dos pés estão frios, a camisa de noite, a cama estão frias. Os olhos estão frios. Ouv...

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«Despe o casaco e os colãs. Deita-se na cama. Os dedos dos pés estão frios, a camisa de noite, a cama estão frias. Os olhos estão frios. Ouv...

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«E este é um relógio pendurado na parede, e esta é uma chave pousada na mesa, e lá fora um dia quase a nascer, eu não estou louca, agora sã...

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«Aqui é preciso esquecer todos os dias, diz Ilie, de mim só sei uma coisa, que penso sempre em ti.» Herta Müller. Já então a raposa era...

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« O sono também segue viagem, o suor de inverno tem um cheiro amargo, (...)» Herta Müller. Já então a raposa era o caçador . Tradução do...
segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Gérard de Nerval

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«Era um homem que distendia as suas depressões (acabaria no suicídio) ...» (...) «(...) e possuir uma personalidade estranha, tocada de ...
quarta-feira, 23 de outubro de 2013

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''carnação da boca''

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''o escuro é o primeiro lugar do medo.''

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nómadas

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fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor. eu sei exactamente o que é o amor. o...

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5

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encostávamos o dorso às paredes da casa para sentir algo mais forte que nós contra os medos que a pique nos devoram o canto do olhar é...

37.

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psicanálise do Movimento: quem é louco e em que parte do Corpo. qual o órgão louco? o espaço louco? de Livro da Dança Gonçalo M. T...

14.

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A história da dança não é, não pode ser, o Percurso dos Movimentos traçado no chão. É, tem de ser, o Percurso dos Movimentos Traçados no a...
terça-feira, 22 de outubro de 2013

Max Ernst dans son atelier, Paris.

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«Reflectido nos teus olhos, o céu era um lugar inabitável.» Rui Pires Cabral.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa...

''Tu já estavas prometido à tristeza''

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Sing me to sleep

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à Marjan, onde quer que esteja o tojo abundava nas vertentes, havia as rochas, os montes amarelos, o rumor fundo dos bichos na arcadura...
segunda-feira, 21 de outubro de 2013

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Dia dos namorados

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Vingo com versos os dias em que a tristeza me não deixou fazer nada e há sempre tanto por fazer escrever um livro ouvir falarem desta poesi...

Amor, vi morrer a flor.

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Paulo José Miranda.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Ediç...

Eduquei a sensibilidade para sofrer mais tarde

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Paulo José Miranda.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Ediç...

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«Adina quer ser o caçador, pensa Clara.   Tens mais medo do que eu, diz Adina. Não olhes para lá, não olhes mais para a raposa.» Herta ...

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« Tens medo, diz Adina, pareces a morte. E Clara assusta-se, o olhar é retilíneo e cortante. Clara vê um rosto que se foi embora. Está dist...

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«Desejava a raposa há tanto tempo que a alegria de a receber no dia seguinte era já meia razão para ter medo.» Herta Müller. Já então a ...

passarinhar

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 1. andar à caça de pássaros 2. popular andar de um lado para o outro sem fazer nada

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«o que sabemos nós não perguntamos.»

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Herta Müller. Já então a raposa era o caçador . Tradução do alemão por Aires Graça. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª ed. 2012., p. 123

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«Na janela da frente está uma mulher a regar as petúnias. Já não é nova e ainda não é velha, dizia Paul há uns anos atrás. Já então ela tin...
terça-feira, 15 de outubro de 2013

''na solidão de um arquipélago''

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«Mãe, eu vou-me embora - esperei a vida inteira por quem nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta hora as ruas estão deser...

Self-Portrait Bound to Tree Branch, 1973

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«o dia mostrou as suas pálpebras tristes»

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Maria do Rosário Pedreira.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. ...

« e o sol ferir-se nos espinhos das roseiras»

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Maria do Rosário Pedreira.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. ...

«Aqui tenho sonhos que não conto a ninguém.»

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Maria do Rosário Pedreira.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. ...

ouriço-cacheiro

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«Outra vez sem selos, sem carimbo, sem remetente. Dentro do envelope está outra vez a folha quadriculada do tamanho de uma mão, rasgada de ...
segunda-feira, 14 de outubro de 2013

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«Saberei merecer a ilha difícil, a ilha das fantasiosas deserções onde perscrutaremos por fim o mar?   de Lamento Luís Quintais.  An...

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«O sangue das melancias não consegue amarrar o prazer do oficial, nada resulta contra o prazer, porque ele voa, desenvencilha-se de tudo o ...
domingo, 13 de outubro de 2013

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«Dentro da retrete jaz algodão inchado. A água está ferrugenta, sorveu o sangue do algodão. A tampa da retrete tem coladas sementes de mela...

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«(...), um morto por quem muito se chora, diz ele, torna-se uma árvore, e um morto por quem ninguém chora torna-se uma pedra. Mas se algure...

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   «Nas escadas da catedral está sentada uma velhota, veste meias grossas de lã, uma saia grossa plissada e uma blusa de linho branco. Jun...

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«(...) Em certos dias, nem sabemos porquê sentimo-nos estranhamente perto daquelas coisas que buscamos muito e continuam, no entanto, p...

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malogro

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nome masculino 1. efeito de malograr; frustração; fracasso 2. acontecimento desfavorável; revés

Os versos

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Os versos assemelham-se a um corpo quando cai ao tentar de escuridão em escuridão a sua sorte nenhum poder ordena em papel de prata es...

A casa onde às vezes regresso

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A casa onde às vezes regresso é tão distante da que deixei pela manhã no mundo a água tomou o lugar de tudo reúno baldes, estes vasos g...

«arte de domar a dor»

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«(...) não é mão é uma luz que sobre pela colina um atalho entre as estevas um incêndio na mata a rapariga louca, grita contra a noite...

Reconhecimento dos laços

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aos meus pais por todas as razões agora tuas mãos estranhas ao medo procuram um brilho mais puro, o lume agora o tempo se mede por b...

«Por vezes estou sobre as facas como quem intenta.»

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Jorge Melícias.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Edição.,...

«Trazes a noite encostada às têmporas»

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Jorge Melícias.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Edição.,...

limalha

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nome feminino designação dos pequenos fragmentos ou do pó que se desprende de um corpo metálico quando se raspa com uma lima

«Cantam o outono nos olhos húmidos dos cães.»

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Jorge Melícias.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Edição.,...
sábado, 12 de outubro de 2013

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«aqui, no cabo Espichel, mostrou-me um rochedo o primeiro sinal de que escrever é pouca coisa e que, fechado o livro, é bem maior a abundân...

«eu conheço apenas algumas coisas, e ignoro outras;»

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Maria Gabriela Llansol . Causa Amante . A Regra do Jogo, Edições

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Rising

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I got caught in a storm And carried away I got turned, turned around I got caught in a storm That's what happened to me So I didn&#...

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«Depois ainda havia a história do frasquinho de perfume, disse a filha da serviçal. A mulher trazia-o escondido na carteira, há anos que es...

Serviçais

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  «Quando aparam a relva, têm no branco do olho um espelho onde foice e ancinho brilham como pente e tesoura. Os serviçais não confiam na...

The Library, 2005

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29

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(...) uma âncora na boca de um abraço prolongado a memória (lenços de granito branco acenando estranhos de força) é assim que do peito v...

«além-pele com as pálpebras adormecidas»

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João Luís Barreto Guimarães.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi...

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cheguei há pouco do amor (cidade de gaivotas loucas e luzes cegas). não concordas? eu sei já sei: vês as coisas como falésias altas e imp...
quinta-feira, 10 de outubro de 2013

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Segredo

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Esta noite morri muitas vezes, à espera de um sonho que viesse de repente e às escuras dançasse com a minha alma enquanto fosses tu a co...

musgo

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A dormir

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As pálpebras fecham-se, cansadas, é quando somos sem dimensão ou volume, intocáveis. Perdemos, porém, a justa medida, já não crianças irre...

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Deixa-me dormir quando morre a noite. Assim o amor será absoluto sacrifício impassível sangue árido prazer. Deixa-me dormir quando...

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«cisne envenenado pelo sangue»

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Ana Marques Gastão.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Ediç...

«Existiam as tuas mãos.»

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Ana Marques Gastão.  Anos 90 E Agora. Uma antologia da nova poesia portuguesa. Selecção e organização Jorge Reis-Sá. Edições Quasi. 3ª Ediç...

Reflexos

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Olho-te pelo reflexo do vidro e o coração da noite E o meu desejo de ti são lágrimas por dentro, tão doídas e fundas que se não fosse...
quarta-feira, 9 de outubro de 2013

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rosto tímido

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trazia a aliança pendurada ao pescoço por um fio

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«Os clientes habituais diziam que a primeira mulher dele já morrera há muito e que ele não encontrara uma segunda porque trazia a aliança p...
domingo, 8 de setembro de 2013

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metade da minha vida passou-se no esforço pela tua conquista

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«Também eu sempre te amei, Narciso, metade da minha vida passou-se no esforço pela tua conquista. Sabia que também eras meu amigo; mas nunc...

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«Passaram-se semanas, há muito que o castanheiro florira, há muito que escurecera e endurecera a folhagem verde-láctea da faia, há muito qu...

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«Em verdade, teria o homem sido criado para estudar Aristóteles e Tomás de Aquino, saber grego, mortificar a carne e fugir do mundo? Não fo...

engrolar

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verbo transitivo 1. cozer levemente 2. assar à pressa 3. figurado dizer ou fazer atrapalhadamente 4. figurado decorar à pressa; empinar ...

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«Debateu-se  com grandes dificuldades, maiores do que as previstas. A obra dava-lhe cuidados, mas eram suaves cuidados. Lutou por ela, com ...

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«- Ninguém notava que, nos últimos tempos, se modificava muito e apresentava um envelhecimento precoce: ninguém o conhecera antes. As agrur...

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«Toda a sua vida se passara assim: em despedida, fuga e esquecimento, de mãos vazias e coração transido.» Hermann Hesse . Narciso e Gold...

''ressaibos de ironia''

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« - Tens toda a razão - disse com calor - desabafa à vontade, diz-me tudo o que te oprime. Há, porém, um ponto em que te enganas muito: jul...
terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ulyana by Nick Sushkevich

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«(...), demorou-se especialmente no mercado do peixe onde viu os rudes peixeiros e peixeiras apregoar a mercadoria, tirando das celhas os p...

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«Goldmundo não pertencia ao número daqueles inditosos artistas que, possuindo altos dons, não encontram todavia nunca os meios adequados pa...
sexta-feira, 23 de agosto de 2013

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''os dias primaveris passavam velozes e sobrecarregados de imagens'' Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo. Tradução de Ma...

''passou o serão em longa cavaqueira com ele''

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Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 122

X

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«Voltara o gelo a derivar rios abaixo, voltaram a rescender as violetas sob a folhagem apodrecida, voltara Goldmundo à vida errante, acompa...

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patient suffering from hemorrhage of the eyes associated with hemorrhagic fever with renal syndrome (HFRS), formerly Korean hemorrhagic f...

Morte

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«Jejuas, amigo? Privaste-te do sono? Ela logo te cantará o fadário, a amiga morte despojar-te-á de tudo, até dos ossos. Foge, caríssimo, e ...

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«(...); havia dias em que a solidão e a tristeza pesavam-lhe sobre o peito e oprimiam-lhe o coração.» Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo...

Quando acordou no dia seguinte, depois de um sono agitado, tinha a almofada húmida de lágrimas.

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«A porta rangia, o vento chiava e embatia contra o vigamento do telhado. Tudo parecia enfeitiçado, tudo ressumava mistério e ansiedade, pro...

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Há-de rir-se, quando vir que não aprendeste sem sequer a beijar.

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«- Que pena não poder nunca contentar-te. Porque havia eu de ter interesse em fazer-te vaidosa? És bela e gostaria de mostrar-te a gratidão...

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«- Não julguei nem pensei em nada, Lídia; a verdade é que penso muito menos do que imaginas. Não desejo senão que me beijes uma vez. Falamo...

Em meia hora fez-se muitos anos mais velho.

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Hermann Hesse . Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 67
quinta-feira, 15 de agosto de 2013

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«De inicio, foi Narciso, quem mais sofreu. Tudo era espírito, para ele, mesmo o amor; não lhe era fácil abandonar-se irreflectidamente a uma...

lusco-fusco

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Narciso

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« - Narciso- disse o abade uma vez, depois de o ter ouvido sem confissão - reconheço-me culpado de um juízo severo a teu respeito. Parecest...

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Women Who Read are Dangerous

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''diamantes de sangue''

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

iniludível

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adjetivo de 2 géneros 1. que não se deixa iludir 2. que não admite dúvidas; evidente

Sabina

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A criança moderna

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«(...) A criança moderna não tem mais nada a que se agarrar ou, para ser mais exacto, nada com que se agarrar. Actualmente aderimos à vida ...
domingo, 11 de agosto de 2013

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da rosa vermelha à rosa negra   dois sóis trabalham dia e noite a fulgurante incandescência       Manuel Gusmão. Dois ...

''disciplinado delírio''

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a queda amo- rosa, de onde foi olhada   um «milhão de pássaros» em fogo passando pelo buraco de uma agulha, a rosa no écr...

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no centro da rosa o gelo reflecte exaltado a galeria em chamas que o rodeia     Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectu...

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em suas muralhas a rosa fecha o olhar delas se despenha. a elas sobe.   como se quisesse atingir um sol que intermitente, centro de si...

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«A voz dele elevou-se acima do fumo negro perante os destroços inflamados da ilha; contagiados por aquela emoção, os outros garotos começar...
sábado, 10 de agosto de 2013

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«Caminharam lado a lado, como dois mundos de experiência e sentimentos incapazes de comunicar.» William Golding . O Deus das Moscas . Tr...
terça-feira, 6 de agosto de 2013

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«Porque será que sempre que ouço música penso que sou uma mulher casada?»

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Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 47

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«O peito em que batemos quando estamos alegres não é o mesmo em que batemos quando estamos tristes;» Djuna Barnes. O Bosque da Noite. ...

neurastenia

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nome feminino 1. MEDICINA estado caracterizado pela debilidade física e psíquica, acompanhada de perturbações psíquicas (tristeza, insón...

o tempo de interiorização

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«; tal como o corsage de uma mulher se torna subitamente marcial e doloroso com a rosa lançada entre as flores mais decorosas pela mão de...

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elucubrações

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''tinha cabelos tão vermelhos como um incêndio de Primavera''

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«É o que lhe digo, minha senhora, se alguém fizesse nascer um coração num prato ele diria «Amor» e agitar-se-ia como uma pata de rã cortada....

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«-Vocês discutem demasiado facilmente sobre a dor e a confusão, disse Nora.   -Espere! Respondeu o doutor. A dor de um homem corre com di...
sábado, 3 de agosto de 2013

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«Não sou nem um malabarista, nem um frade, nem sequer uma Salomé do século XIII dançando de rabo para o ar sobre um par de lâminas de toled...

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''Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio , Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, se...

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«Apoiava, por detrás das costas, as mãos contra a mesa. Parecia constrangida.      -Dizem realmente o que pensam, um e outro, ou estão apen...

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''insistente e falhado elogio''

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«(...) diz pequenas frases fascinadas, precipitadamente.»

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Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectura do mundo . Editorial Caminho, Lisboa,  2ª Edição, 1990., p. 44

palimpsesto

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nome masculino 1. pergaminho cujo manuscrito os copistas medievais raspavam para sobre ele escreverem de novo, mas do qual se tem consegui...
terça-feira, 30 de julho de 2013

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Mesmo este coração que é o meu ficar-me-á para sempre incompreensível.

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«Porque, se tento alcançar este «eu» de que me apodero, se tento defini-lo e resumi-lo, ele não é mais do que a água a escorrer-me por entr...

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    «Acontece que os cenários desabam. Os gestos de levantar-se, o carro-eléctrico, quatro horas de escritório ou de fábrica, refeição, car...

«Ganhamos o hábito de viver, antes de adquirirmos o pensar.»

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Albert Camus. O Mito de Sísifo. Ensaio sobre o absurdo. Tradução de Urbano Tavares Rodrigues. Livros do Brasil, Lisboa., p. 20
segunda-feira, 29 de julho de 2013

O suicídio

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«O suicídio nunca foi tratado senão como fenómeno social. Aqui, pelo contrário, para começar, importa a relação entre o pensamento individu...

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«Em todos os problemas essenciais (e por tal entendo os que podem fazer morrer e os que decuplicam a paixão de viver) só há provavelmente d...

''Trata-se somente de teimosia''

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O absurdo e o suicídio

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«Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a uma questão fun...

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Ó minha alma, não aspires à vida imortal, Mas esgota o campo do possível   PÍNDARO
domingo, 28 de julho de 2013

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«-Há casais que têm quartos separados - dizia Stefan. - Eu preciso de um lugar onde possa fechar-me  de quando em quando sem que ninguém sa...

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«Uma vez li um livro», prosseguira ele, como se não tivesse ouvido, « um livro em que falava de um rapaz que chamava as serpentes pelo nome...

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imperecível

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1. que não perece ou deixa de existir; eterno; imortal 2. que dura muito tempo; imorredoiro (De in-+perecível)

pulsão de Romeu e Julieta

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''locais de excessos extraordinários''

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«Fechava os olhos quando sorria, por coquetterie. Sempre que Stefan a tinha encontrado na escada, tinha-a surpreendido a puxar a blusa, ten...

tragédia elizabetiana

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  Foram pétalas Ou olhos de deusas O que calquei?   Não Não digam   Eu sei Que foram sonhos       Daniel Faria . ...

FOSSES TU

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  Fosses tu uma ave ou uma folha E o Outono te viria desprender       Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Qu...

PÓRTICO

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Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves Não é o serem atingidas, mas que, Uma vez atingidas, O caçador não repare na sua qu...

(PART)IDA

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eremitério

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masculino 1. lugar ou casa onde vive um eremita 2. figurado lugar afastado do povoado; ermo (De eremita+-tério, por influência de cemité...

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náiade

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nome feminino NA MITOLOGIA                                                                                                               ...

''suave rodopiar das folhas''

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Ítaca

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  O que dói É não poder apagar a tua existência e repetir dia após dia os mesmos gestos   O que dói é o teu nome que ficou com...

«Olhar o ontem e ver o amanhã»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 359

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Para a minha alma eu queria uma torre como esta, assim alta, assim de névoa acompanhando o rio. Jorge de Sena

PORTO

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- cidade de luz de granito José Gomes Ferreira

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8

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  Prometo-te a palma da minha mão para a escrita. Cerca-a de magnólias, cerca-me. Podes fechar a escrita No interior da mão ou na boc...
sábado, 27 de julho de 2013

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cerzir

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verbo transitivo  coser sem deixar sinal da costura; passajar (Do latim sarcīre, «remendar»)

«Sei que não posso chamá-la das margens»

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Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 312

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A mulher muitas vezes avança   A mulher muitas vezes caminha pela borda Do vestido. Pudesse tocar A fímbria ou a franja de toda a ...