Clepsidra

«Eu não reflectia, nada procurava, não tinha qualquer dúvida. Vivia na certeza.» Nikos Kazantzaki . O Bom Demónio. Tradução de Fernan...

    No fim dos meus dias     Porque te encontrei... Nikos Kazantzaki . O Bom Demónio. Tradução de Fernando Soares. Editora Ulisse...

« Jovem ou decrépita, bela ou feia, isso eram os pormenores sem importância, variantes. Por detrás de cada mulher levanta-se, austera, chei...

«Eu, meu filho, ajo como se nunca devesse morrer». Eu respondo-lhe: «Eu ajo como se devesse morrer a cada instante.» Nikos Kazantzaki . ...

«Parei um instante no areal e olhei. A santa solidão estendia-se na minha frente, triste e fascinante como o deserto. O poema búdico elevou...

« - Que podes tu dizer? - disse, medindo-me com o olhar ... - Se bem percebo, a tua senhoria nunca teve fome, nunca matou, nunca roubou, nu...

«Mas, naquela época, estás a ver que me fervia o sangue, Não me ficava a esmiuçar a questão. Para pensar bem e honestamente é preciso ter c...

« - Aborrece-te falar, Zorba?   - Não é que me aborreça, patrão - respondeu -, mas custa-me fazê-lo.   -Custa-te? Porquê?   Não respondeu...

« - Luas velhas! - murmurava com desprezo. - Não têm vergonha!    - Que quer isso dizer: luas velhas, Zorba?    - Mas tudo isso: reis, dem...

nome feminino escrito ou discurso violento que critica ou acusa alguém ; crítica severa ; catilinária ; injúria ( Do ...

«(...) .Diz-se com razão que o homem só encontra o seu verdadeiro caminho quando põe de lado as quimeras da juventude e assenta firmemente ...

As manhãs passam claras e desertas nas margens do rio que de madrugada se enevoa e escurece o seu verde enquanto espera o sol. O taba...

                                         «O rio corre tranquilo, mas os pássaros fazem-no espumar.»         Cesare Pavese. Tra...

Verrà la morte e avrà i tuoi occhi - questa morte che ci accompagna dal mattino alla sera, insonne, sorda, come un vecchio rimorso o un v...

«Nada mais há a fazer do que olhar para aquela brancura maligna por baixo da negra canícula e esperar que chova.»       Cesare Pa...

  «Podemos encontrarmo-nos, querendo.»     Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia...

«Jazíamos cansados na humidade dos dois corpos, adormecidos um sobre o outro.»     Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e int...

«Chove sem ruído no prado do mar.»     Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisb...

A colina é nocturna, no céu claro. Nela se enquadra a tua cabeça, que mal se move e acompanha o céu. És como uma nuvem entrevista pe...

Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 63

«Como uma espécie de remorso, há a lembrança de um quarto nu, longe, num país estrangeiro. Lá onde esteve quase a morrer de fome. De solidã...

«O homem comprou o seu bilhete e ei-lo a percorrer países como se trouxesse dentro de si, acesa, uma lâmpada - e para ela todo se inclinass...

«Porque somos como as árvores, presos a um lugar, respirando através de uma lei calma e perene.» Herberto Helder . Os Passos Em Volta. A...

 

«Que angustiosa, esta voracidade, esta fusão analfabeta com a instável matéria do mundo!» .......... «Existo, existe o universo.» Her...

«Tive infância, só isso. Ou seja: falta de jeito, indecisão, uma grande ignorância. Olhava para as coisas: eram fundas, enigmáticas, desori...

«Obscuros somos sempre, mesmo sem pedi-lo.» Herberto Helder . Os Passos Em Volta. Assírio & Alvim, Lisboa, 2006., p. 170

adjetivo 1. desordenado 2. impenetrável ; obscuro ( Do latim abstrūsu- , «idem», particípio passado de abstrudĕre...

«Poderia amá-lo, erguê-lo da sua dolorosa confusão, colocá-lo numa dignidade de que, é evidente, perdeu o sentido. Agita-se de um lado para...

"Llevo una profunda tristeza en el corazón que de vez en cuando debe estallar en sonido."

nome masculino indivíduo hipócrita ; velhaco ; devoto fingido ( Do italiano Tartufo , antropónimo, personagem da coméd...

A nossa vida é a viagem Pelo Inverno e na Noite. E procuramos passagem No Céu onde nada luz. Canção dos Sentinelas Suíças, 1793 L...

«Hoje, nada sei de quem me amou ou me ama.» Herberto Helder . Os Passos Em Volta. Assírio & Alvim, Lisboa, 2006., p. 151

«A vida solitária forneceu copioso alimento à sua avareza. Esta paixão, como se sabe, possui um apetite de lobo: quanto mais devora menos s...

«No maciço de verde folhagem, inundado de sol, abriam-se às vezes abismos de sombra.» Nikolai Gógol . Almas Mortas. Círculo de Leitores, ...

«O tempo move-se, some-se. À janela do quarto, o homem vê esse movimento do tempo a sumir-se. Olha para os arrozais verdes do verão que pas...

«Mas uma delas começou a beber, e depois o coração estoirou, e ficou apenas para os outros como uma memória incómoda. Parece que sim, que t...

    « Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para o outro, e encontravamo-nos, a...

«Talvez isso seja a inocência. Talvez só no mar nos seja concedido morrer verdadeiramente, morrer como nenhum homem pode.» Herberto Helde...

      «Annemarie sentou-se à minha mesa. Vi logo o tamanho da sua solidão: tinha o tamanho do mundo. Ela era a criatura mais só do mundo. E...

«O sangue é negro desde a raiz. Porque ninguém sabe onde a corrupção completa a inocência.» Herberto Helder . Os Passos Em Volta. Assíri...

«Uma vez fui ao médico. - Doutor, estou louco - disse. - Devo estar louco. - Tem loucos na família? - perguntou o médico. - Alcoólicos, si...

« - Se eu quisesse, enlouquecia. Sei uma quantidade de histórias terríveis. Vi muita coisa, contaram-me casos extraordinários, eu próprio......

«Nós, que tanto nos amávamos, nunca tínhamos trocado uma palavra afectuosa. Brincávamos e arranhávamo-nos como feras. Ele, fino, irónico, p...

« Como é amargo separarmo-nos lentamente daqueles que amamos!» Nikos Kazantzaki . O Bom Demónio. Tradução de Fernando Soares. Editora Ul...

  «                (é presico tempo para que o sol e a chuva sepultem os mortos)»         Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. T...

nome masculino 1. instrumento agrícola, dentado, para juntar feno, estrume, mato, etc. , ancinho 2. parte que fica...

nome masculino 1. tapume formado por silvas ou ramos de outras plantas ; barda 2. fila de videiras ligadas a est...

nome masculino o anoitecer ; crepúsculo vespertino

O campo é um país de verdes mistérios para o rapazinho que vem passar o Verão. A cabra, se come dumas flores, incha-lhe a barriga e não...

«(...) quando o sol nascia já o dia era velho para eles.»       Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos...

''Um perfume de terra e vento envolve-nos na escuridão,''     Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introduç...

Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 29

adjetivo 1. concentrado em si mesmo 2. recolhido 3. absorto nos próprios pensamentos ; pensativo ; meditabundo ...

«Vossas lágrimas são lágrimas dos olhos, nada mais, e as minhas virão, quando eu estiver só, das plantas dos meus pés, de minhas raízes, e s...

LEONARDO Que vidros cravam minha língua                                               (presa!) Porque eu te quis esquecer, e pus um mur...

MÃE Enquanto se vive, luta-se. Noivo Sempre te obedecerei. MÃE   Com a tua mulher procura ser carinhoso e, se te parecer preocupad...

« Pois sou louca por não ter gritado tanto quanto o meu coração precisa.» Frederico Garcia Lorca . Bodas de Sangue. Teatro Moderno. Tra...

MULHER «Porque me olhas assim? Tens um espinho em cada olho.» Frederico Garcia Lorca . Bodas de Sangue. Teatro Moderno. Tradução de C...

LEONARDO «Calar e consumir-se, é o maior castigo a que nos podemos condenar. De que me serviu a mim o orgulho, e o não te olhar, e o dei...

«Que os rios do mundo Levem a tua coroa!» Frederico Garcia Lorca . Bodas de Sangue. Teatro Moderno. Tradução de Cecília Meireles. AGIR...

(...) CRIADA «Será que não te queres casar? Fala. Ainda estás em tempo de te arrepender. (Levanta-se) Noiva São nuvens. Um mal-esta...

nome feminino saia branca que algumas mulheres usam sobre a combinação ( Do taino naguas , «idem», pelo castelhano ...

SOGRA Dorme, meu rosal, que o cavalo se põe a chorar. As patas, feridas, as crinas, geladas, e dentro dos olhos um punhal de prata. ...

«Meus mortos, cheios de erva, sem fala, reduzidos a pó.» Frederico Garcia Lorca . Bodas de Sangue. Teatro Moderno. Tradução de Cecília ...

«A obra conseguida só pode ser ««puro ritmo», uma vez que o artista não é aquele que «conhece a natureza humana», mas sim o que «possui bloc...

« Trabalhar Cansa tem como leitmotiv a solidão, em que se repetem obsessivamente os temas da evasão e da fuga, a vida é um cárcere, repet...

verbo intransitivo 1. sair com ímpeto 2. manifestar-se repentinamente ( Do latim prorumpĕre , «idem» )

«E os seus olhos voltavam-se com amargura para as edificações de Herodes, o Grande!»       Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. ...

«Quem poderá deter O instante que não pára de morrer?» S ophia de Mello Breyner Andresen . Mar Novo . Colecção Poesia e Verdade. Guim...

«A matilha de cães que nos persegue Ignora o rumo dos oásis verdes.» Sophia de Mello Breyner Andresen . Mar Novo . Colecção Poesia e Ve...

«E eu fecho os olhos para não te ver.» Sophia de Mello Breyner Andresen . Mar Novo . Colecção Poesia e Verdade. Guimarães Editores, Lisb...

«Por maior que seja o desespero Nenhuma ausência é mais funda que a tua.» Sophia de Mello Breyner Andresen . Mar Novo . Colecção Poesia...

«E pela sua mão levou-me o dia.» Sophia de Mello Breyner Andresen . Mar Novo . Colecção Poesia e Verdade. Guimarães Editores, Lisboa, 19...

É o teu rosto ainda que eu procuro Através do terror e da distância Para a reconstrução de um mundo puro. Sophia de Mello Breyner Andr...

CANTO DÉCIMO TERCEIRO De criança sempre gostei de canas  e roubava-as do rio  ainda verdes.  Deixava-as depois estendidas ao sol durante to...

Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 250/1

«(...) invejava a erva que cresce junto às pedras dos mortos.»     Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime B...

« E u ia triste: o amanhecer, a aparição espiritual da aurora, enche de melancolia, depois das noites tomadas de vinho, fartas de carne.» ...

«Vede-a. Estava em acto de adultério.»     Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello ...

Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. Com uma introdução por Jaime Batalha Reis. Lello & Irmão Editores, Porto, p. 243

«Eu escutava, encostado a uma árvore, na escuridão, concentrado e triste (...)»     Eça de Queiroz . Prosas Bárbaras. Com uma introd...