Clepsidra
コカインの時間を介しての旅です
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sábado, 4 de março de 2017
Um buraco na boca
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domingo, 27 de dezembro de 2015
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«(…)... a velha desatou num pranto desesperado mas sem erguer os olhos. Se calhar não podia, era uma questão só entre ela e a sua desgraça.»...
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«Toda a grandeza é um investimento em nós próprios e é por isso que os grandes têm uma grande solidão.» Corpus de “em nome da terra” d...
«Deus fez-nos cheios de buracos na alma e o nosso dever é tapá-los todos para navegar.»
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Corpus de “em nome da terra” de Vergílio Ferreira , 6ª edição, Bertrand, 1994., p. 44
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«As coisas do nosso uso, as pessoas das nossas relações, os hábitos da nossa monotonia, as ideias do nosso sustento mental. Tudo isso ocupa ...
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«(...)os filhos, Mónica, são uma invenção da nossa fraqueza para compensar a morte, o modo mais barato de se ser eterno. Um modo proletário ...
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«É a última probabilidade de terem um corpo e aproveitam-na. (...) São corpos sem mistério, não têm interior – que é que tendes ainda por de...
«Eras triste, mas estranhamente decidida, devia haver atrás de ti e da vida uma razão oculta no teu ser para a tua decisão.»
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Corpus de “em nome da terra” de Vergílio Ferreira , 6ª edição, Bertrand, 1994., p. 33
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«Nada é meu – como posso? mas não tenho tempo de me queixar. Querida, queixarmo-nos é dizermos que temos direito ao que não temos – que é qu...
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«Vi o homem inteiro estendido numa cama. Estava podre. Devia cheirar mal. Mas era humano na sua lixeira como eu de perna cortada um pouco ac...
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«O corpo. A sua urgência insofrida de se manifestar. Mas também ele nunca existira para mim, quem existia era eu.» «E era altura de eu te ...
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«(...) podres esqueléticos, mas não te comovas muito, as caveiras com pressa de serem visíveis, não se mexem, estão quietos na sua invalidez...
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«Era alta a mulher, digamos um pouco mais alta do que tu. De cima a baixo direita, vestida de escuro. De destino, pensei, vestida de destino...
«É duro morrer, querida.»
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Corpus de “em nome da terra” de Vergílio Ferreira , 6ª edição, Bertrand, 1994., p. 16
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«(...) – que palavra? Queria inventar-te uma agora para estar certa lá, não a sei. Sinto-a em mim mas não a digo para não existir de mais, é...
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«Havia a frescura da água, o seu brilho trémulo e um desejo súbito de sermos deuses.» Corpus de “em nome da terra” de Vergílio Ferrei...
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«Não é contigo que estou a falar, não ouças. Hás-de vir ainda à conversa, descansa. E hás-de ter a tua verdade terrestre, agora tens só a m...
«Queria dizer-te como me sinto agora humilde e infeliz na bruteza do meu ser.»
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Corpus de “em nome da terra” de Vergílio Ferreira , 6ª edição, Bertrand, 1994., p. 11
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«Era um momento excessivo em que talvez Deus aparecesse. Era um desses instantes em que tudo oscila e é demais e só é plausível matarmo-nos....
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«...como era da nossa obrigação... era uma noite de verão...Caminhávamos à beira-rio e éramos imensos. Gostava de saber agora bem o que ér...
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