Clepsidra

Se dançar é só depois Para já, já estou morta Morta para ir dormir Dormir p’ra amanhã voltar Voltar a acordar Com ideias mal cozidas ...

 «Digna-te a olhar para a minha dedicação.» Robert Walser.   Gata Borralheira.  Tradução de Célia Marques. Maldoror, 2021., p. 37

 «Cheio de preocupação sincera, amavelmente um príncipe demonstra ao bobo que não é tolo.» Robert Walser.   Gata Borralheira.  Tradução de C...

 

 «(...) A dor fingida, imitadora da dor verdadeira, mata.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 163

 «(...)  Uma doença é uma garganta carnívora.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 158

 A morte para os romanos era um homem mascarado de lobo, um jogo tenebroso entre o predador e a sua predadora. Diz Ovídeo (para quem tudo é ...

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 153

 «(...) Coração, sim - enrugado por tanta dor.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 143

 «As veias vão rasgando a via do suicídio.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 131

 «(...) estou, se na relva ou no mármore estou porque toda te desfazes no teu ofício de me desfazeres.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razõe...

 

 «(...) E o sol pouco a pouco vai caindo, escurecendo.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 128

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 128

 «(...) Fiquei a pensar nela. Nos seus dedos desviando um ramo de cerejeira para me ver melhor.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéti...

 «(...) Uma hóstia de sangue. Pão infinito.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 117

« e não há nada  para sofrer, nada para lamentar.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 101

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 101

  «(...), um dia lágrimas, no outro cerejas negras, » Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 101

Sabine Weiss Robert Doisneau,1986  

 Agora que me dedico ao ócio não tenho tempo para nada. Vou destruindo pouco a pouco os restos da minha bagagem. * (....) * ócio no sentido ...

 «Lábios ou aves? E já  molhados. Plenos de sangue.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 90

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 87

« e bebo nas tuas coxas o linho molhado da minha infância.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 87

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 81

 O amor é um vento que faz cair paredes. Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 75

  C asimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 73

Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 63

 

 «(...)                                        A morte,  não te esqueças, respira-se devagar,» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poética...

 Do mundo não conheço apenas os figos e o mágico rubor das raparigas - embalei nos braços um pai já morto e senti a febre dos filhos no meu ...

  Toco-te nos mamilos, vão voar. Lambo-os e já se desfazem. Tomo-os nos lábios, duas gotas de terra são. Mordo-te. Mordes-me - e levanta-se ...

I had a dream that you were mine I've had that dream a thousand times A thousand times, a thousand times I've had that dream a thous...

 

 «(...) Sou um homem do passado descendo os infernos que mitos enunciaram: memórias de estrelas que deram à luz planetas com suas ervas e ma...

 «(...) E fincas as mãos na minha cabeça. E todo eu começo                     a ser sede.» Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, ...

  E toda te abres como se fosse por acidente. E em ti mergulho como quem descobre uma ilha líquida. Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Po...

 As nuvens navegam brancas nos rios Casimiro de Brito.   Euforia.  Razões Poéticas, 2019., p. 29

 Agora colherei um pouco mais depressa as rosas cansadas, as pétalas eufóricas da minha morte. Casimiro de Brito

 

  Amo-te porque a palavra correu entre a tua pele e a minha. Amo-te porque nos olhámos e me engoliste no teu olhar. Amo-te porque ouvi a feb...

  ave-do-paraíso

« a mágoa das mães paradas no silêncio dos quintais,» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição ,...

 « para quê esta canção de cinzas que alguém atirou ao mar, com o nome dos amigos por dentro, com o seu lamento que nos traz o vento.» José ...

Graciela Iturbide  

« para quê estes gladíolos sobre a mesa onde escrevemos todas as palavras dos condenados, todas as formas de pedir perdão, de dizer adeus,» ...

 «onde não rasgamos as nuvens com os arados da nossa dor.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edi...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 115

 «De joelhos, ele ainda rezava, voltado para o altar. Parece que também enlouquecia.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  ...

 «há um rasto de ternura sobre a neve e sobre a  lava, há um anel de aço que aperta a garganta,» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase...

Graciela Iturbide  

 «As facas esperam um gesto que as conduza ao pão.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , J...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 94

 « o adeus magoado dos que partiram um dia, dos que te amaram um dia.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & A...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 82

 coração despedaçado

 

 «Pouco resta de cada hora, de cada grito, de cada vez que os meus dedos trémulos abriram a tua blusa em chamas, bordada de romãs tardias, c...

 «Partiste. Deixaste que uma luz muito fria caísse no lago dos teus olhos, transformando em estátuas de vidro os peixes e o cisne.» José Ago...

 «Queria um altar de gardénias para a sua  insónia.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , ...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 58

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 57

 «Chamaste por mim em vão, e como esse rei de rosto triste, também choraste em vão. Estavas só, sempre estiveste só, E ao recordares uma orq...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 51

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 51

Graciela Iturbide  

 Bendito seja o fruto do teu ventre, minha mãe minha casa de silêncio, erguida sobre as montanhas. Benditos eram os dedais da tua arte, as a...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 38

 «Despeço-me de ti, rapariga de olhos sombrios que já não espreitam pelas janelas de um porto sem navios e te perdes na cidade do meu terror...

Graciela Iturbide  

«Sou apenas um homem entre as lápides. E, quando os mortos murmuram o meu nome, digo simplesmente que estou aqui, acendendo as velas, rezand...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 33

« Nas estações de névoa os girassóis são mais tristes.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição...

 «És aquela que pensa que o mundo é apenas um deserto com janelas por cima. Os teus quartis estão fechados na escuridão.» José Agostinho Bap...

                                                                      Graciela Iturbide

 «Nunca serás a mãe que vi sob a luz fria das  estrelas, sentada, com as lágrimas que caíam, bordando, cegamente, as intermináveis blusas da...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 29

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 29

 «não façam aqui a sepultura de quem por amor se mata, se despede, se consome,» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assíri...

«Caminhei pelos campos vermelhos, pouco depois do extermínio.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª...

                      A onça Guna ao colo do pai da artista, Charles Fenley Jones, e Rita Lee

  «Era uma vida de açucenas desfeitas. E ela ia e vinha, sonambulamente, apagando as  estrelas. Tinha, na boca entreaberta, o travo amargo d...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 17

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 17

 « a hora da hóstia, a hora dos meus versos antigos, ardendo.» José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª...

José Agostinho Baptista.   Esta Voz É Quase o Vento.  Assírio & Alvim. 2ª Edição , Junho 2006., p. 15

 «Lançai, sobre o meu corpo cansado do mundo, as pétalas já sem brilho das flores da  mocidade, lançai sobre mim as estrelas que vi antes do...

 «E a tua voz, levada pelo vento, chega muito depressa à sonolência dos pássaros. Em sobressalto eles despertam.» José Agostinho Baptista. ...

 

  PRÍNCIPE: E o desgosto não tem causa? Robert Walser.   Gata Borralheira.  Tradução de Célia Marques. Maldoror, 2021., p. 32

 «Vem, coração, e com riso expulsa a minha mágoa.» Robert Walser.   Gata Borralheira.  Tradução de Célia Marques. Maldoror, 2021., p. 28

 «Como estou sempre ocupada, não tenho tempo pr'a chorar, mas tenho-o sempre para rir!» Robert Walser.   Gata Borralheira.  Tradução de ...

 « (...); se me odeiam, ama-as o meu prazer, que  o ódio não sabe odiar.» Robert Walser. Gata Borralheira. Tradução de Célia Marques. Maldo...

Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021., p. 143

 

 «Também tu estás cego. Também tu te debates no escuro. Uma terrível solidão rodeia todos os seres que confrontam a mortalidade. Como diz Ma...

 «A minha alma tem sido tão temerosa, tão violenta: perdoa a sua brutalidade. Como se fosse essa alma, a minha mão desliza cautelosa por ti,...

«As folhas mortas incendeiam-se rápido. E ardem rápido; num ápice, passam de alguma coisa a nada.» Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Trad...

 

«Deixamo-nos ficar ao sol e o Sol cura-nos.» Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021.,...

Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021., p. 129

Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021., p. 129

 «As luzes na rua apagam-se: é o amanhecer, aqui. As luzes voltam a acender-se: é o crepúsculo. Seja como for, ninguém olha para cima. Cada ...

«Na outra vida, o nosso desespero converte-se apenas em silêncio.» Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Reló...

 

 «(...) é da natureza da mente defender a sua eminência, tal como é da natureza daqueles que caminham à superfície temer as profundidades - ...

Está muito escuro, hoje; através da chuva, a montanha deixa de ser visível. O único som é o da chuva, arrastando a vida para debaixo da terr...

Louise Glück.   Uma Vida de Aldeia.  Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021., p. 103

 

 «Ele nunca recorre a palavras. Para ele, as palavras são para planear coisas, para tratar de negócios. Nunca para a zanga. Nunca para a ter...