quinta-feira, 4 de maio de 2023

 «Ele nunca recorre a palavras. Para ele, as palavras são para planear

coisas,

para tratar de negócios. Nunca para a zanga. Nunca para a ternura.


Ela acaricia-lhe as costas. Pousa o rosto nelas,

embora isso seja como encostar o rosto a uma parede.


E o silêncio entre os dois é muito antigo: diz

são estes os limites.»

(...)


Louise Glück. Uma Vida de Aldeia. Tradução de Frederico Pedreira. Relógio D'Água. 2021., p. 101

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