Clepsidra

Turva hora onde Principia a noite E o dia se esconde. Hora de abandonos Em que a gente esquece Aquilo que somos E o tempo adormece. Nevoenta...

FÚRIAS Escorraçadas do pecado e do sagrado Habitam agora a mais íntima humildade Do quotidiano. São Torneira que se estraga atraso de autoc...

Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e ...

«Ficaram mortos sem cemitério Sem se lembrarem de ter morrido» Natália Correia .  Poemas a Rebate. Poesia Século XX . Publicações Dom Qui...

Natália Correia . Poemas a Rebate. Poesia Século XX . Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1975., p. 13

Na sensação de estar polindo as minhas unhas sei que morrerei no dia do aniversário da minha morte ainda há coisas certas na vida o d...

(...) «ninguém sabe a que me sabe a minha boca» Rosalina Marshall

Adília Lopes  (“sinto um desconforto qualquer/ por usar soutien/ mas se não usasse/ era muito ordinária/ e os homens não gostariam de mim/...

«SENHORA DA ROSA, chamou-lhe Manuel Alegre e falava de Natália Correia. Uma rosa de amor e morte de uma poetisa que não aceitava a ditadu...

São humanos, meus rios. A lua aberta, resignada tela. Os dedos que desfio Descidos de um terror de vidro frio Desperdícios de luz e de c...

(...) «E eu oiço a Noite imensa soluçar! E eu oiço soluçar a Noite escura!      Porque és assim tão escura, assim tão                 ...

Há noites que nos deixam para trás Enrolados no nosso desencanto Há noites que nos levam para onde O fantasma de nós fica mais perto; N...

«Mas só porque te olhei e não te vi Tu vens ao de cimo e não me dizes nada.» Natália Correia . Poesia Completa. Publicações Dom Quixo...

Ó noite! Mãe dos lírios e das feras Natália Correia . Poesia Completa. Publicações Dom Quixote, 1ª edição, Lisboa, 1999, p. 97

Hoje venho oferecer esta tristeza às coisas No gesto esquivo de não as desejar. Pôs em minha alma como o sol nas frias lousas A vida o go...

Mon Athis n'est pas revenue sur ses pas!... Safo I Espero-a num silêncio de margem enfeitiçada do rio e da viagem. E na noite mai...

    N ão há revolta no homem que se revolta calçado. O que nele se revolta é apenas um bocado que dentro fica agarrado à tábua da teori...

Ó noite rosa de cabelos negros com incêndios nos espinhos. Bebida na taça dos meus olhos como os vinhos. Ó noite carne escura.       M...